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Preços do petróleo recuam, mas fecham semana em alta por tensões no Oriente Médio

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Os preços do petróleo recuaram nesta sexta-feira, por conta de temores a respeito da demanda em meio à estagnação nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, mas ambos os contratos de referência encerraram a semana em alta, apoiados por crescentes preocupações sobre interrupções aos embarques do Oriente Médio devido a tensões políticas entre EUA e Irã.

O Irã afirmou nesta sexta-feira que poderia atingir "facilmente" navios de guerra dos EUA no Golfo Pérsico, no mais novo capítulo das disputas vistas nos últimos dias entre Washington e Teerã, enquanto sua diplomacia trabalhava para conter as sanções norte-americanas e salvar um acordo nuclear condenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

As sanções dos EUA sobre o Irã já reduziram ainda mais as exportações de petróleo por membros da Opep em maio, somando-se aos cortes de produção implementados por um pacto liderado pela Opep para os primeiros seis meses do ano.

O petróleo Brent recuou 0,41 dólar, ou 0,6%, fechando a 72,21 dólares por barril. O valor de referência global registrou um avanço semanal de cerca de 2%, após ter finalizado a semana passada estável e a anterior em queda.

Já os contratos futuros do petróleo nos EUA fecharam em queda de 0,11 dólar, a 62,76 dólares/barril, marcando um ganho semanal de cerca de 1,7%.

Os preços foram pressionados por temores sobre o crescimento econômico devido à escalada da guerra comercial entre EUA e China. A mídia chinesa adotou uma abordagem linha-dura sobre a disputa tarifária entre Pequim e Washington, afirmando que a guerra comercial apenas tornará a China mais forte e nunca deixará o país de joelhos.

"Apesar do que vemos como um mercado de petróleo equilibrado tanto doméstica quanto globalmente, o preço do petróleo aparentemente continua sensível aos desenvolvimentos conflituosos no Golfo Pérsico, onde ocasionalmente pequenos eventos militares têm lentamente ampliado o prêmio de risco geopolítico", disse Jim Rittersbush, presidente da Ritterbusch and Associates.

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petróleo | preço