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FGV: inflação do carnaval fica abaixo do IPC

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Os 23 produtos e serviços mais consumidos no carnaval subiram, em média, 2,91% nos últimos 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas, de março de 2018 a fevereiro deste ano. Menos que a inflação, que ficou em 3,98%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV.

Segundo o coordenador do IPC do Ibre, André Braz, o resultado reflete o fato de que a economia ainda está andando um pouco devagar: "Temos ainda número de desempregados bem grande, a inflação está contida e a previsão este ano é que ela continue abaixo da meta (4,25%). Então, os preços andam bem-comportados", disse o economista. Afora as excursões, com alta de 11,28%, e o GNV, que subiu 16,52%, contra queda de 2,52% do etanol, Braz alerta para o folião ficar de olho no que acontece durante o carnaval. "Pela lei da oferta e da procura, os preços ficam diferenciados".

André Braz reiterou que os desafios são hospedagem, pedágio, revisão de carro e comida fora de casa. Para "passar o carnaval sem estourar o orçamento", sugere fazer pelo menos as principais refeições do dia em casa, ou no acampamento, e deixar para gastar na rua com cerveja e água mineral.

Segundo o Ibre, subiram menos que a inflação do IPC: óleo lubrificante (1,75%), pedágio (3,04 %), refeições em bares e restaurantes (2,82%), cafezinho (2,66%) e bebidas destiladas (2,19%).

As menores altas foram hotel (0,53 %) e cerveja (0,93 %). Nos blocos, as latas variam de R$ 5 a R$ 7. Superaram o IPC: preservativo e lubrificante (4,99%), doces e salgados (4,77%), café da manhã (4,59%) e sanduíches (4,29%).