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Inadimplência no Rio atinge 60% das famílias

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Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ), apurada pela CNC, apontou leve aumento no endividamento e na inadimplência das famílias cariocas entre os meses de outubro e novembro, de 0,8 e 0,9 ponto percentual, respectivamente. Porém, em comparação ao ano passado, o cenário melhorou, com queda de 3,2 pontos percentuais no endividamento e 3,6 na inadimplência.

De acordo com o levantamento, 60,3% das famílias do Rio de Janeiro têm alguma dívida no cartão de crédito, cheque, carnê, crédito pessoal ou financiamento, o que representa cerca de 1,42 milhão de famílias. Já aquelas com contas em atraso chegaram a 25,1% segundo a pesquisa, o equivalente a 593 mil famílias. No comparativo anual, cerca de 82 mil famílias quitaram suas dívidas atrasadas neste período.

Tempo médio

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (PEIC RJ) apontou, dentre as famílias com contas em atraso, tempo médio de 61,3 dias devendo. O índice melhorou tanto em relação ao mês anterior (64,1 dias), quanto a novembro do ano passado (68,5 dias). Considerando todas as dívidas (em dia e em atraso), o prazo médio de endividamento é de 7,2 meses à frente, sendo que a maioria das famílias (35,1%) tem contas a pagar (parcelamentos / carnês / financiamentos) por mais de um ano à frente.

Pagamento

Um dos dados apurados pela pesquisa pode ser um animador para as vendas de final de ano: entre as famílias com contas atrasadas, 22,2% afirmaram ter condições de pagar totalmente a dívida. Ano passado, este percentual era de 17,3% às vésperas do Natal. Inversamente, aquelas que afirmaram não terem condições de quitar seus compromissos caiu de 49,7% para 47,7%.

Tipos de dívidas

Segundo o levantamento da Fecomércio RJ, o cartão continua sendo a modalidade de tomada de crédito mais utilizada, mencionado por 75,1% das famílias, com diminuição em relação ao mês anterior e ao ano passado, quando foi listado por 75,4% e 80,5% dos entrevistados, respectivamente.

Em seguida, as principais dívidas mencionadas foram carnês, com 11,2%; crédito pessoal, com 10,5%; financiamentos de carro e imóveis, com 9% cada; cheque especial, com 7,9%; e crédito consignado, mencionado por 5,1% dos entrevistados.

O único item apurado que teve aumento em relação ao ano passado foi o financiamento de imóveis, que subiu 1,7 ponto percentual, o que pode indicar maior confiança das famílias em contrair dívidas de longo prazo. As dívidas com maior queda de um ano para o outro foram os carnês (menos 6,2 pp) e o cartão de crédito, com menos 5,4 pp em relação a 2017.