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Alta de 0,8% no PIB do 3º tri ante 2º tri é a maior desde o 1º tri de 2017

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A alta de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano foi a maior desde o primeiro trimestre de 2017, quando o avanço foi de 1,1% ante o trimestre imediatamente anterior, informou nesta sexta-feira, 30, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta de 6,6% na formação bruta de capital fixo (FBCF, os investimentos no PIB) foi destaque, sendo a maior desde o quarto trimestre de 2009, quando os investimentos avançaram 7,1% em relação ao terceiro trimestre daquele ano, no contexto da recuperação econômica após a crise econômica internacional de 2008.

A expectativa de analistas é que o dado tenho sido inflado pela mudança nas regras do Repetro, programa de incentivos tributários para a indústria de petróleo e gás, como revelou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) há duas semanas.

Com as mudanças, plataformas já em atividade, que estavam registradas no exterior, foram registradas no País, contando como importações. O IBGE confirmou esse efeito, conforme apresentação distribuída nesta sexta a jornalistas.

O PIB do terceiro trimestre mostrou avanço de 10,2% nas importações em relação ao trimestre imediatamente anterior, melhor desempenho desde o segundo trimestre de 2016, quando o avanço foi de 10,6% em relação aos três primeiros meses daquele ano.

Pela ótica da oferta, o PIB de serviços, com alta de 0,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre de 2018, teve o maior desempenho desde o segundo trimestre de 2017, quando a alta foi de 0,9% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

Já o PIB da indústria, que cresceu 0,4% ante o segundo trimestre de 2018, teve o melhor desempenho desde o quarto trimestre de 2017, quando a alta foi de 1,1% sobre o terceiro trimestre do ano passado.

Ainda assim, na contramão do PIB industrial, a indústria de eletricidade teve queda de 1,1% na atividade do terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre de 2018. Foi o pior desempenho na comparação com trimestres imediatamente anteriores desde o primeiro trimestre de 2015, quando houve queda de 2,1%.

Consumo das famílias

O consumo das famílias subiu 0,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano. Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, o consumo das famílias mostrou alta de 1,4%.

Consumo do governo

O consumo do governo, por sua vez, subiu 0,3% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2017, o consumo do governo mostrou alta/queda de 0,3%.

Taxa de poupança

A taxa de poupança da economia brasileira ficou em 14,9% no terceiro trimestre de 2018, informou o IBGE. Já a taxa de investimento ficou em 16,9% no período, segundo o IBGE.

Exportações

As exportações contabilizadas no PIB cresceram 6,7% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, as exportações mostraram alta de 2,6%.

As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, avançaram 10,2% no período no confronto com o segundo trimestre deste ano. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2017, as importações subiram 13,5%.

A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.

Necessidade de financiamento

O Brasil aumentou sua necessidade de financiamento, de R$ 15,0 bilhões no terceiro trimestre de 2017 para R$ 25,3 bilhões no terceiro trimestre de 2018.

O saldo externo de bens e serviços diminuiu em 10,5 bilhões, encolhendo de R$ 15,0 bilhões no terceiro trimestre de 2017 para R$ 4,6 bilhões no terceiro trimestre de 2018.