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Juros curtos têm viés de baixa, e longas exibem viés de alta com dólar

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Os juros futuros iniciaram a sessão desta segunda-feira, 26, com viés de baixa, mesmo após a queda importante na sexta-feira. Pouco depois, contudo, exibiram viés de alta num movimento alinhado do câmbio doméstico, que passou a subir em linha com algumas pares internacionais e sinais de fluxo de saída.

Por volta das 9h45, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) oscilavam sem direção única - algumas com viés de alta, outras com viés de baixa - mas todas muito perto dos ajustes da última sexta-feira.

Às 10h08, o DI para janeiro de 2020 estava em 6,89% ante 6,912% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 exibia 7,85% ante 7,86% no ajuste de sexta-feira. Na mínima, marcou 7,83%. Na máxima, marcou 7,87%.

O DI para janeiro de 2023 estava em 9,03% ante 9,00% no ajuste de sexta-feira. Na mínima, marcou 8,98%. Na máxima, marcou 9,06%. O DI para janeiro de 2025 exibia 9,55% ante 9,51% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2027 estava em 9,87% ante 9,83% no ajuste de sexta-feira.

Segundo três profissionais do mercado de renda fixa, a pressão para a queda das taxas dos DIs vem do reforço recente sobre a tendência para a inflação menor do que o previsto somado ao cenário internacional mais ameno. Colaboram para a melhora do humor externo o acordo do Brexit e também a sinalização de que o governo italiano estuda uma meta de déficit fiscal menor para 2019.

A percepção de IPCA menor que o previsto ficou mais robusta após a divulgação do IPCA-15 de novembro (inferior à mediana das projeções) na sexta-feira, dia em que os preços do petróleo em Londres e Nova York desabaram.

Essa expectativa foi retratada nesta segunda no Relatório de Mercado Focus, que revelou que a mediana das estimativas dos analistas financeiros para o IPCA em 2018 caiu de 4,13% na semana passada para 3,94%. Além disso, o IPCA para 2019 caiu de 4,20% para 4,12%.

Há mais de duas semanas, os especialistas em inflação já vislumbravam essa queda. Segundo reportagem especial publicada em 12 de novembro, a inflação implícita e as expectativas apontavam IPCA menor que 4% em 2018 e na meta em 2019.

O motivo era o afastamento de pressões inflacionárias relativas, por exemplo, ao dólar, energia, gasolina e alimentos. Diante desse entendimento, tem crescido o número de instituições financeiras que passou a prever - ou que ao menos cogita - que uma nova alta da Selic ocorrerá somente em 2020.

Na sexta-feira (dia 23), o IPCA-15, a queda do petróleo, entre outros fatores, fizeram a taxa do vencimento com mais negócios, o contrato de DI para janeiro de 2021, encerrou a sessão regular na menor taxa da história: 7,86%.

Tags:

câmbio | economia | IPCA | juro