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Otimismo com equipe econômica contagia mercado

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A sexta-feira foi de alta expressiva do Índice Bovespa, que refletiu o bom humor do mercado com o noticiário político doméstico e ainda se beneficiou de influência positiva das bolsas de Nova York. O índice já iniciou o dia em terreno positivo, ganhou maior fôlego no período da tarde e fechou aos 88.515,27 pontos, praticamente na máxima do dia, em alta de 2,96%.

A abertura positiva foi determinada por um conjunto de fatores, como a alta dos preços do petróleo e os ajustes nos preços das ações cujos American Depositary Receipts (ADRs) haviam subido com força na quinta-feira, quando o mercado brasileiro não operou.

No pano de fundo estava a repercussão do anúncio de mais nomes para a equipe econômica do governo eleito: Roberto Campos Neto para o Banco Central, Mansueto Almeida, que permanecerá no Tesouro Nacional, e Carlos Viana, mantido na diretoria de Política Econômica do Banco Central.

“O mercado está feliz com os nomes anunciados pelo novo governo, que indica estar comprometido com a agenda de reformas. A manutenção de nomes como o de Mansueto mostra que há a intenção de manter o que de melhor existe na agenda econômica do atual governo”, disse Victor Cândido, economista-chefe da Guide Investimentos.

Apesar da desaceleração do petróleo, as ações da Petrobras foram destaque de alta e terminaram o dia com ganhos de 3,16% (ON) e de 2,79% (PN).

O setor financeiro, bloco de maior peso na carteira do Ibovespa, teve ganhos generalizados com Bradesco ON (+5,56%) à frente. Já a queda do dólar prejudicou as ações de empresas exportadoras, como Suzano ON (-1,40%) e Fibria ON (-0,50%).

Dólar

O ambiente doméstico favorável, que levou o dólar a abrir em queda nesta sexta-feira, ganhou impulso com a perda de fôlego da divisa americana nos mercados globais ao longo do dia, levando a moeda a fechar em queda de 1,20% frente ao real, aos R$ 3,7384 no mercado à vista. Na semana, contudo, o dólar ficou estável.