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Super salários nos bancos

BNDES, BB e Caixa têm altos salários para excesso de diretores e vice-presidentes

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, e o futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, torcem para que o presidente Temer vete o reajuste de 16,3% aprovado para o Senado para os salários dos juízes do Supremo Tribunal Federal e dos ministros do STJ. É que se vingar o aumento de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil, haveria um reajuste em cascata na administração pública (federal, estadual e municipal) ampliando em mais de R$ 4 bilhões os gastos do setor público em 2019.

Mas eles bem que podiam aproveitar o já iniciado enxugamento nas estruturas dos 25 mil funcionários dos ministérios (dos 29 de Temer para cerca de 18 de Bolsonaro, contra 34 de Dilma) para fazer uma clivagem nos cargos e salários dos bancos e empresas estatais.

Nos bancos públicos, o campeão é o BNDES. O atual presidente, Dyogo de Oliveira, no cargo desde abril, ganha R$ 83,39 mil, duas vezes e meia dos R$ 33,7 mil recebia como ministro do Planejamento. No BNDES, onde o salário médio é de de R$ 35 mil, funcionários têm participação nos lucros (de origem discutível, muitas vezes derivadas de injeções de créditos do Tesouro, que geram déficits públicos) chegam a ganhar 16 salários a título de PL.

No Banco do Brasil, o atual presidente interino, Marcelo Labuto, recebe R$ 68,718 mil. Ele era um dos nove vice-presidentes de Paulo Cafarelli, que deixou a direção em outubro para comandar a empresa de pagamentos Cielo (parceria do BB e Bradesco). Cada vice ganha R$ 61,564 mensais. O BB ainda conta com 27 diretores (R$ 52,177 cada). Os membros do Conselho de Administração têm jeton de R$ 5,5 mil por reunião. Os oito membros dos comitês ganham R$ 46,959 mil mensais cada.

Na Caixa, o presidente atual, Nelson Antonio de Souza ganha R$ 56,197 mil. Os 10 vice-presidentes ganham R$ 53,963 mil cada e o salário médio dos diretores é de R$ 45,148 mil.