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Indicador Antecedente de Emprego tem menor nível desde dezembro de 2016, diz FGV

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O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 0,2 ponto em outubro ante setembro, para 90,8 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 8. Após oito meses consecutivos de quedas, o indicador atingiu o menor nível desde dezembro de 2016, quando estava em 90,0 pontos.

"O índice antecedente do emprego (IAEmp) teve mais um recuo mostrando a continuação do processo de ajuste de expectativas. O recuo do IAEmp mostra a reversão do otimismo quanto ao dinamismo da atividade econômica, que teve desempenho abaixo do esperado em 2018. Além disso, ainda existe a incerteza quanto ao crescimento em 2019", avaliou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) aumentou 2,6 pontos em outubro ante setembro, para 100,2 pontos, maior nível desde dezembro passado, quando estava em 100,3 pontos.

O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.

"O aumento do índice coincidente do desemprego (ICD) mostra um mercado de trabalho ainda bastante difícil para o trabalhador. O recuo suave das taxas de desemprego ainda não foi suficiente para fazer com que o trabalhador sinta uma melhora na situação atual do mercado de trabalho", completou Barbosa Filho.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

No IAEmp, apenas três dos sete componentes tiveram aumento em outubro, com destaque para o item que mede o emprego local futuro da Sondagem do Consumidor, que aumentou 8,1 pontos em relação a setembro.

No ICD, as faixas de renda que mais contribuíram para o aumento do indicador em outubro foram as duas mais baixas: consumidores com renda familiar mensal até R$ 2.100,00 (+6,1 pontos); e os que recebiam entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00 (+4,2 pontos).

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