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No 2º turno, cai segurança de crédito

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Dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) revelam que o número de consumidores endividados com segurança de crédito para financiar compras cai 17,1% em outubro. O indicador reflete a parcela dos paulistanos que, na hora de fazer uma compra, além de terem dívidas, possuem reserva financeira para usar em imprevisto no orçamento.

No Rio, segundo o economista João Gomes, da Fecomércio-RJ, os indicadores estão apontando ligeira melhoria na capacidade de crédito, com maior uso do cartão de crédito. João Gomes cita alguns fatores de recuperação: o pagamento em dia dos servidores do Estado (atrasos em 2016-17); a melhoria do emprego (criação de 5 mil vagas na cidade e 9,6 mil no estado em setembro) e a maior prova de confiança no futuro: o aumento nas contratações de financiamento à compra de imóveis. Mas ainda há 540 mil inadimplentes no Estado.

Segundo a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (Prie), em São Paulo, mesmo com o aumento da insegurança de quem quiser comprar um produto, o Índice de Intenção de Financiamento apontou estabilidade no mês de outubro, com 21,2% dos paulistanos declarando pretender consumir com base no pagamento parcelado ou financiamento. O indicador se manteve com 43,8 pontos no mês atual.

Entre os paulistanos endividados, 29% disseram ter reserva financeira para ter condições de pagar, pelo menos, parte das dívidas financeiras em caso de imprevistos. Mas, o índice de segurança de crédito dos endividados sofreu forte queda de 17,1% em ouubro, caindo de 70,1 pontos em setembro – o maior nível desde abril 2015 – para 58,2 pontos.

Considerando que a segurança de crédito dos não endividados subiu 10,3%, o índice geral de outubro fechou com queda 2,5%, de 79,2 pontos no último mês para 77,2 pontos em outubro. Para a Fecomercio-SP, a intenção de financiamento está diretamente ligada à expectativa profissional e essa variável pode melhorar com a eleição de um novo governo que coloque de forma clara quais são as suas propostas sobre a política econômica. Com previsibilidade e equilíbrio macroeconômico, haverá maior propensão do consumidor voltar a gastar, e do empresário, de investir.