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Dólar não vai só em máquina

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Com os juros altos no Brasil e muito baixos na Europa, Japão e Estados Unidos, as transações de investimentos entre matrizes e filiais brasileiras vão muito além da vinda de recursos em dólar ou euros para novas linhas de montagem robotizadas. Quem atesta isso é o próprio Banco Central: na indústria automobilística, os empréstimos entre matrizes e as filiais brasileiras são considerados “investimentos diretos” tal o vínculo duradouro (e lucrativo) das operações. Geram mais ganhos para as financeiras da GM, Fiat, VW, MB, Volvo, Renault, Peugeot-Citroen e Honda, que os negócios comerciais ou industriais. Quando dizem que podem tirar o pé do acelerador nos novos investimentos, é só jogo de cena. Em quanto o cassino Brasil for lucrativo, não vão virar, à esquerda ou à direita, procurando outro mercado tão farto de demanda e de retorno financeiro. Lucro nunca teve ideologia.