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Comércio espera movimentar R$ 7,4 bi com Dia da Criança

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O Dia da Criança deverá movimentar em torno de R$ 7,4 bilhões, com alta de 1,5% nas vendas em relação a 2017. Esta é a segunda alta consecutiva nas vendas do período constatada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mas o aumento será inferior aos 2,6% registados em 2017 sobre 2016, quando foram movimentados R$ 7,3 bilhões, já adescontados a inflação.

Segundo o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, o ritmo de crescimento das vendas do comércio começou a cair em maio, devido à greve dos caminhoneiros. “Dali em diante, as vendas começaram a crescer bem menos”, disse ontem o economista à Agência Brasil. O que explica a expectativa menor da entidade para o Dia das Crianças é que a taxa de câmbio que mudou de patamar, afirmou Bentes.

Isso afetou as vendas para o Dia da Criança, em que têm presença marcante itens importados. “Com o dólar mais caro, fica mais difícil para o comércio manter uma inflação tão baixa quanto aquela que vinha apresentando”, acrescentou o economista. Bentes destacou que, na cesta de produtos dos bens e serviços mais procurada nessa data, a inflação está bem baixa nos últimos 12 meses findos em setembro. “Ela é inferior a 3%.”

A inflação mais baixa não foi suficiente para animar as famílias a comprar, principalmente a prazo, observou. Embora o crédito também esteja mais acessível, Bentes disse existir clara aversão das famílias ao endividamento no momento atual, devido às incertezas que cercam a economia e às consequências deste ambiente sobre o mercado de trabalho. “O Dia da Criança deste ano deve ser de lembrancinhas, mais uma vez. Deve ser um dia fraco, como foram o Dia dos Namorados e o Dia dos Pais, previu.”