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FMI reduz projeção de crescimento do Brasil para 1,4% este ano

Para 2019, projeção de crescimento do PIB foi reduzida em 0,1 ponto

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A economia brasileira deve crescer menos em 2018 e no próximo ano, de acordo com atualização de estimativas do relatório de Perspectiva Econômica Mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado hoje (9).

A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ficou em 1,4% este ano, com redução de 0,4 ponto percentual em relação a julho.

Para 2019, a projeção de crescimento do PIB foi reduzida em 0,1 ponto percentual para 2,4%.

Segundo o FMI, a economia brasileira crescerá nesses dois anos devido à recuperação da demanda privada. No relatório, o fundo cita o efeito da greve dos caminhoneiros, com redução da projeção para o PIB deste ano em relação ao estimado em abril.

“O crescimento projetado para 2018 é menor do que no relatório de abril em 0,9 ponto percentual devido a interrupções causadas pela greve dos caminhoneiros em todo o país e condições financeiras externas mais apertadas, que são fonte de risco para as perspectivas”, diz o relatório.

Inflação

Para o FMI, a inflação deve chegar a 3,7% este ano e a 4,2% em 2019. O fundo avalia que a inflação dos preços dos alimentos vai se recuperar após uma queda causada por uma colheita excepcional em 2017.

O fundo acredita que a política monetária (taxa básica de juros, a Selic) deve permanecer acomodativa, enquanto o desemprego permanece alto e a inflação cresce gradualmente em direção à meta, que deve ser perseguida pelo Banco Central (BC). A previsão do FMI para a taxa de desemprego é 11,8% em 2018 e 10,7% em 2019.

No relatório, o FMI acrescenta que a consolidação fiscal é uma prioridade no Brasil. “A reforma da Previdência é essencial para garantir sustentabilidade e justiça, dado que as despesas previdenciárias são altas e crescentes e as aposentadorias são indevidamente generosas para alguns segmentos da população”, diz o documento.

O FMI defende também aumento na flexibilidade do orçamento. “Também será necessário continuar contendo a folha salarial do governo, harmonizando os regimes tributários federais e estaduais e melhorando as finanças dos governos subnacionais, protegendo ao mesmo tempo programas sociais eficazes”, destacou o fundo.

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