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Taxas de juros têm forte recuo com larga vantagem de Bolsonaro e PSL no 1º turno

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Os juros futuros operam em baixa firme na manhã desta segunda-feira, 8, que chega a 41 pontos-base, como no caso do DI para janeiro de 2021, em reação à larga margem de vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) em relação a Fernando Haddad (PT) ao final do primeiro turno das eleições (de 46,4% a 28,9% dos votos) e ao crescimento do PSL no Congresso, segundo operadores.

A princípio, esse quadro ameniza preocupações sobre a capacidade do capitão reformado de fazer passar projetos no Legislativo, caso venha a ser eleito em segundo turno. Bolsonaro (PSL), por meio de seu guru econômico Paulo Guedes, e Fernando Haddad (PT) já sinalizaram que devem levar adiante propostas de reforma da Previdência.

O ajuste dos juros se dá em linha com o dólar, que por volta das 9h25 caía mais de 3% ante o real, apesar da alta registrada pela divisa norte-americana ante várias rivais e moedas emergentes no exterior em meio a preocupações com a situação fiscal da Itália.

Às 9h46, o DI para janeiro de 2020 caía para 7,94%, de 8,24% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 recuava para 9,00%, de 9,39% no ajuste de sexta. O vencimento para janeiro de 2023 caía para 10,28%, de 10,73% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2025 estava em 10,87%, de 11,35%. No câmbio, o dólar à vista caía 2,97%, a R$ 3,7413. O dólar futuro para novembro recuava 2,54%, a R$ 3,7480.

Os agentes financeiros deixam em segundo plano os números de inflação mais altos divulgados antes da abertura dos negócios. O IGP-DI registrou elevação de 1,79% em setembro, ante um aumento de 0,68% em agosto. O resultado do indicador ficou acima do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam uma alta desde 1,24% a 1,72%, com mediana positiva de 1,65%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast.

Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 8,54% no ano, além de avanço de 10,33% em 12 meses. Já o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou 0,08 ponto porcentual, ficando em 0,53% na primeira quadrissemana de outubro, ante 0,45% no fim de setembro.

No boletim Focus divulgado pela manhã, as projeções para IPCA para 2018 passaram de 4,30% para 4,40% e, para IPCA 2019 seguiram em 4,20%. A projeções para Selic permaneceu em 6,50% no fim de 2018 e em 8,00% no fim de 2019.

A projeção para o câmbio para fim de 2018 seguiu em R$ 3,89 e, para 2019, em R$ 3,83. Já as estimativas do mercado para alta do PIB em 2018 passaram de 1,35% para 1,34%, e para o PIB de 2019 seguiram 2,50%.

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