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Mortalidade de empresa segue elevada

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A taxa de entrada de empresas vem caindo no país há sete anos seguidos, chegando em 2016 a uma retração de 14,5%, o menor valor da série histórica iniciada em 2008. É o que revela a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2016, que o IBGE divulgou ontem. De 2015 para 2016, a taxa de criação de empresas foi de 14,5%, o equivalente a 648,5 mil, enquanto a saída atingiu 711,9 mil companhias (16,1%).
Os dados indicam que, pelo terceiro ano seguido, o saldo no total de empresas ficou negativo em 2016, com queda de 1,6%, o equivalente a menos 70,8 mil empresas. Também o número de pessoal assalariado caiu 4,8%, o equivalente a 1,6 milhão de pessoas a menos. Foi a segunda queda seguida. Dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) indicam que, em 2016, o Brasil tinha 4,5 milhões de empresas ativas que ocupavam 38,5 milhões de pessoas, com base no Cadastro ativo do CNPJ na Receita Federal.
Deste total, 32 milhões, o equivalente a 83,1%, trabalhavam como assalariadas e 6,5 milhões (16,9%) como sócias ou proprietárias. O estudo mostra, ainda, que os salários e outras remunerações pagos por entidades empresariais somaram, em 2016, R$ 1 trilhão, com um salário médio mensal de R$ 2.328,03, o equivalente a 2,6 salários mínimos mensais médios.
A pesquisadora do IBGE Katia Carvalho disse que as saídas vêm acontecendo sistematicamente. “O que a gente tem observado nestes últimos anos, com relação a taxas de entrada e saída, é que há vários anos a taxa de empresas entrando no mercado é inferior ao número de empresas ativas que deixam de existir. O número de empresas ativas cai desde 2013, acompanhada também do total de pessoal ocupado, sobretudo entre 2015 e 2016”, ponderou.