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Petrobras segura preço da gasolina

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A Petrobras anunciou, dia 6 de setembro, a ideia de estender aos preços da gasolina nas refinarias certa estabilidade, “por curtos períodos de tempo, de até 15 dias, conciliando seus interesses empresariais com as demandas de seus clientes e agentes de mercado em geral”,. A política já é uma realidade. Diferente do que ocorre com o óleo diesel, congelado desde a greve dos caminhoneiros, o reajuste da gasolina se deu em dois intervalos de duas semanas de estabilidade para a venda aos distribuidores.
Ao introduzir mecanismos de hedge para segurar os custos da gasolina (cotação do petróleo com a variação do dólar), desde o dia 5 de setembro, aproveitando o feriado de 7 de setembro e o fim de semana, a Petrobras manteve o litro estável em R$ 2,2069 por sete dias até 12 de setembro, quando mudou o preço para R$ 2,2294, dia 13. Desde o dia 14 o preço está estacionado na máxima histórica de R$ 2,2514. Que irá valer também para hoje. A Petrobras divulga o preço médio em seu site, desde fevereiro.
Já o preço do diesel segue em R$ 2,2964. Segundo nota da empresa, “o mecanismo de hedge da gasolina poderá ser aplicado em momentos de elevada volatilidade no mercado, de forma a conferir um resultado financeiro equivalente ao que seria obtido com a prática de reajustes diários, que continua como opção da companhia”.
Em Brasília, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, revelou ontem que o governo discute alternativas de saída do sistema de subsídios ao diesel até o fim deste ano. “O subsídio ao diesel foi uma solução transitória de emergência, porque o país não aguentaria mais uma semana de greve. Precisamos pensar soluções mais estruturais a esse problema”, afirmou, na abertura do seminário “Agenda de governo no setor de energia - aspectos regulatórios e concorrenciais”, organizado pela Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria do Ministério.
Guardia lembrou que a redução de impostos para o diesel é permanente e já foi compensada por outras medidas tributárias, como a reoneração da folha de pagamentos. Já a subvenção ao combustível, que reduz em R$ 0,30 o preço do diesel nas refinarias, tem um custo de R$ 9,5 bilhões ao Tesouro até o fim deste ano. Entre as alternativas em discussão para o fim do subsídio está o aumento da competição no refino do combustível no país e a colocação de “um imposto variável” que absorva as oscilações do preço internacional do petróleo.