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B3 terá fundo cambial de renda fixa

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Em tempos de volatilidade, o brasileiro tem agora mais um produto de renda fixa no cardápio da indústria trilionária de fundos. Começa a ser negociado hoje na B3 o primeiro ETF do segmento no país. O fundo, lançado pela gestora coreana Mirae Asset, tem vantagem tributária em relação a outras aplicações e um custo mais baixo que a maioria dos fundos de renda fixa. O investidor, porém, deve ficar atento à taxa de corretagem.

Atualmente, existem no país 15 ETFs (Exchange Traded Funds, na sigla em inglês) - todos de renda variável. O ETF é um fundo que espelha determinado índice e tem cotas negociadas em Bolsa. O Bova11, por exemplo, replica o Índice Bovespa, ou seja, é composto pelas mesmas ações que formam o índice. O produto da Mirae seguirá o desempenho de contratos de juros futuros com prazo médio de três anos. O índice utilizado - S&P/BM&F Juros Futuros - acumulou alta de 6,77% nos 12 meses encerrados em agosto, ligeiramente abaixo do CDI - taxa que baliza as aplicações de renda fixa -, que avançou 6,83%. Já nos 12 meses encerrados em julho, o índice superou o CDI: 10,67% ante 7,08%.

O investimento mínimo no mercado secundário - ou seja, por meio de uma corretora de valores - será de uma cota, sendo o valor inicial R$ 10. A taxa de administração é de 0,3% ao ano. A principal vantagem do ETF será a alíquota de Imposto de Renda de 15% sobre a rentabilidade no momento do saque. Os fundos tradicionais e outras aplicações de renda fixa, como títulos públicos e CDBs, estão sujeitos a uma alíquota regressiva, que começa em 22,5% para saques até seis meses e vai até 15% após dois anos. Outro diferencial é a ausência do chamado come-cotas, tributação semestral, em maio e novembro.

Para o produto decolar, a Mirae terá como parceiro o banco BTG Pactual, que será o chamado market maker. O objetivo do “formador de mercado” é fomentar a liquidez do fundo, garantindo a disponibilidade de compra e venda de cotas sempre que houver demanda. Ele observa que, para o pequeno investidor, pode não valer a pena aplicar num fundo com taxa de 0,3% ao ano, que é a mesma taxa de custódia da B3 dos títulos do Tesouro Direto.

Tags:

aço | mercado