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Pag. 22 - Dilma vai herdar metas

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Pela primeira vez no ano, governo admite que pode não atingir superávit esperado de 3,1% em relação ao PIB Jorge Lourenço O secretário do Tesouro Nacional, Aro Augustin (foto), divulgou ontem as contas do governo federal em novembro. Os dados apontam superávit primário de R$ 1,1 bilhão, 86% menor do que os R$ 7,8 bilhões de outubro. No acumulado do ano, o governo soma superávit de R$ 64,558 bilhões, equivalente a 1,95% do PIB (Produto Interno Bruto). Comparado ao mesmo período do ano passado, que registrava superávit de R$ 37 bilhões, o aumento é de 72%.

A intenção da União é conseguir um superávit correspondente a 2,25% do PIB até o fim do ano. No começo do ano, a meta era de, junto com as contas dos estados e municípios, atingir 3,1%, um valor que começa a parecer improvável nos momentos finais da era Lula.

Pela manhã, pouco antes do Tesouro divulgar o resultado das contas de novembro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu, pela primeira vez, que a meta estipulada para este ano pode não ser alcançada.

– Estamos trabalhando para que o governo possa cumprir a meta cheia de superávit primário – garantiu Guido Mantega. – Mas, deve haver alguma dificuldade por parte de estados e municípios, que estão abaixo do resultado. A União, no entanto, vai cumprir. Ainda de acordo com o ministro da Fazenda, a única esperança do governo para que as contas do país fechem com superávit de 3,1% em relação ao PIB são as contas de Natal.

O bom desempenho do comércio neste fim de ano fará com que os estados arrecadem boa quantia de impostos, mas ainda não se sabe se isso será o suficiente para atingir o objetivo.

Amanhã, o Banco Central divulga o resultado das contas públicas dos estados e municípios, o que deve deixar um panorama mais claro do valor do superávit de 2010.

Continua na página seguinte. 64 bilhões de reais foi o superávit até novembro, 72% maior que 2009.