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Mais diálogo, menos radicalismo

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-->Humber to V iana Guimarães-->ENGENHEIRO CIVIL E C O N S U LT O R-->O maior pr oblema dos países árabes vizinhos de Israel é a total falta de democracia-->(711-1492), além do legado da rica liter atur a e da belíssima ar quitetur a mourisca, f oi fun- dada em 1135 a Escola de T r a- dutor es de T oledo , que se tor- nou um centr o de r eferência da cultur a m undial, pois par a lá acorriam os ávidos do sa ber , independentemente de r aça ou cr edo . O filósof o , teólo go e médico judeu Moshe Ben Mai- mon (Maimônides) nasceu em Cór doba, em 1135, c hegou ao Egito em 1168, onde pr aticou a medicina na corte do g r ande calif a Salah al-Din Y usuf ibn A yyub (Saladino , 1138-1193). Adquiriu tamanho pr estígio que se tornou “nagid”, líder autorizado da com unidade ju- daica egípcia, tendo sua r epu- tação ganhado r econhecimen- to internacional. Esta con vi vência pacífica não podia ser difer ente. Afinal, ju - deus, ár a bes e cristãos são igual - mente semitas, pois descendem dir etamente de um mesmo pai: os ár a bes de Ismael, filho de Abr aão e A gar; e os judeus e cristãos de Isaac, filho de Abr aão e Sar a. F oi neste ambiente ár a be, judeu e cristão do Hijaz que nasceu (Me - ca, 570 A.D .), vi v eu e morr eu (Me - dina, 632 A.D .) Maomé, criador da r eligião m uçulmana e que aca - bou com a idolatria dos 365 ídolos da Caa ba, pois só e xiste um Deus, clemente e misericor dioso . P ar a que se alcance a paz de - finiti v a, os dois lados têm que ce - der . Do lado palestino , de v e-se r e - conhecer o legítimo dir eito de e xistência do Estado de Isr ael, conf orme Resolução nº 181, da ONU , apr o v ada em sessão pr e - sidida pelo diplomata br asileir o Osv aldo Ar anha, em 29/11/1947 (como já fiz er am Egito e J or dâ - nia) e deixar de lado essa ideia fixa de ter J erusalém Oriental co - mo capital. A bem da v er dade, é bom que se diga que, ao longo dos séculos, o único país que de f ato a te v e como capital f oi I sr ael. A pala vr a J erusalém apar ece 664 v ez es no V elho T estamento e 154 no No v o , mas nenhuma v ez no Alcorão . Ademais, quando a par - te oriental ficou sob o mandato da J or dânia, entr e 1948 e 1967, não er a permitido que os judeus r ezassem no Mur o das Lamenta - ções, seu lugar mais sag r ado .O-->JB -->, atr a vés do te xto -->Mudança de estr a tégia -->(dia 20), tr ouxe à baila o pertinente assunto sobr e a criação do Estado P alestino . T endo con vi vido m uitos anos com a com unidade ár a be e ju - daica, par alelamente à minha pr ofissão de engenheir o , r esol - vi pesquisar e estudar a Histó - ria do Oriente Médio , o que f aço há mais de 40 anos. O assunto é amplo e é pr eciso tr atá-lo com esmer o , conhecimento , isenção e m uito r espeito . Agor a que v oltar am as negocia - ções de paz entr e isr aelenses e palestinos, pr aticamente inter - r ompidas desde 2006, quando houv e as eleições nos territórios de Gaza e Cisjor dânia, f az-se ne - cessária uma análise sobr e o as - sunto . O maior pr oblema dos paí - ses ár a bes vizinhos de Isr ael, e que têm um importante papel no pr ocesso de paz e na criação do Estado P alestino , é a total f alta de democr acia. Enquanto Isr ael tem uma sólida democr acia par la - mentarista desde a sua fundação , com 120 membr os de vários par - tidos (inclusi v e dois ár a bes) no Knesset (P ar lamento), todos os vizinhos são go v ernados por di - tadur as (algumas her editárias como a da Síria) e por monar quias secular es e ultr apassadas. Nestes países, ao contrário de Isr ael, a impr ensa é censur ada, não e xiste liber dade de e xpr essão e tudo r e - fer ente à vida do cidadão com um passa pela censur a dos go v ernos (até a internet é contr olada). P ar a ag r a v ar ainda mais a f alta de de - mocr acia, e xistem os g rupos e x - tr emistas como o Hamas, Hezbol - lah, Jihad Islâmico , Al F atah e ou - tr os menor es, que atuando em no - me de Deus (sic!), insistem em não r econhecer Isr ael como Es - tado sober ano . Seria m uito inter essante que os e xtr emistas deixassem a in - tolerância de lado e se dedicas - sem mais à leitur a dos 6.348 v er - sículos das 114 Sur as do Alcorão (Al Qur’an) e lá dar -se-iam conta de que nem Deu seoP r ofeta Maomé (“Salla Allahu Alaihi W a Sallam” – “Que a paz e a mise - ricór dia de Alá estejam com ele”) pedir am que se cometes - sem atr ocidades em seus nomes. Lendo o Alcorão , como eu, que, mesmo não sendo m uçulmano , o fiz, obser v ariam que o Jihad (que significa esf orço físico , mor al, es - piritual e intelectual) n unca f oi um dos cinco pilar es do islã que são: Shahadah (cr edo), Salat (or ação). Zakat (caridade), Sa wm (jejum) e Hajj (per eg ri - nação). Ademais, no Alcorão não está escrito que o m undo está di - vidido em “dar -al-Islam” (com u - nidade dos m uçulmanos) e a ou - tr a em “dar -al-harb” (mor ada da guerr a), que é r epr esentado pelo r esto do m undo ocidental, os ini - migos do islã. A partir dos ensinamentos e do e xemplo de vida do Pr ofeta e do que está escrito no Alco- rão , os m uçulmanos (ár a bes ou não) sempr e f or am toler antes com os po v os do Li vr o (judeus e cristãos). Dur ante a ocupa- ção ár a be da península ibérica-->E-mail: humber tovianater ra.com.br