-->José Mario de Andrade-->DIRETOR DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS DA PERKONS-->É pr eciso lançar mão d e t odas as
ferr amentas disponív eis ao ger encia -
mento d o setor de trânsito: tecno -
lo gia, fiscalização , leis e e ducação .
Locomoção com r apidez e qualidade
enca beçam a lista de ações a ser e m
despendidas: pr ecisamos de pr ojetos
definiti v os de tr ansporte coleti v o se -
gur o s, em g r ande oferta e que p os -
sibilitem integ r ação da cidade toda.
Como con v encer o motorista a deixar
seu carr o em casa e pegar um ônibus
se o sistema não ofer e ce a ele con -
dições básicas de cir culação?
P ar alelo a esta situação do tr ans -
porte coleti v o , está a educação e a cons -
cientização . As cidades par ecem sofr er
de um desânimo quando o assunto é o
estím ulo a pr o g r amas de car ona so -
lidária, r odízio de carr os e o polêmico
pedágio urbano . O pedágio urbano ,
m uito bem-sucedido em cidades como
Londr es, Cingapur a e na Suécia inteir a,
f az-se a bsolutamente necessário nos
g r andes centr os urbanos. O posiciona -
mento de alguns defensor es da pr oi -
bição do sistema de pagamento pela
cir culação em locais de g r ande con -
centr ação mostr a a visão atr asada que
ainda se tem do tráfego no país.
É uma incoerência impedir essa fer -
r amenta, conser v ando o caos nesses es -
paços, ger almente centr ais. A solução é
o uso de tecnolo gia bastante intenso ,
permitindo planejamento e r eação rá -
pida. P or meio da fiscalização par a con -
tr ole do uso de v eículos obtêm-se ga -
nhos na dimin uição de acidentes, no
r ef orço ao comportamento corr eto do
motorista e no incenti v o ao uso do tr ans -
porte público ou alternati v o . A indús -
tria destina v erbas milionárias par a
campanhas de mar k eting e peças pu -
blicitárias: tudo par a manter o con -
sumidor fiel e alimentar o conceito de
que ter um carr o é sinônimo de status.Há algum tempo a mobilidade
urbana está na lista de prio-
ridades dos go v ernantes.
Inúmer as cúpulas, de bates e ações
par a discussão do tema já f or am le -
v antados, e a conclusão é sempr e a
mesma: o sinal amar elo está aceso . O
cenário é dir etamente pr opor cional à
pr odução da indústria automobilís -
tica. Mas desleal, se compar amos a
publicidade pr oduzida pelas indús -
trias de carr os com as campanhas
educati v as e de estím ulos aos meios
alternati v os de tr ansporte.
E, entr e o motorista engarr af ado e a
quarta maior fr ota de carr os do pla -
neta, está o go v erno . Ao mesmo tempo
em que ele ofer ece subsídios e be -
nefícios irr ecusáv eis par a os f a brican -
tes de v eículos, r esponsáv eis por uma
f atia notáv el da mo vimentação eco -
nômica, pr ecisa pr o v er estrutur a par a
esses v eículos cir cular em. Clar amen -
te, o tempo da indústria não é o mesmo
da bur ocr acia estatal. Não se discute
aqui má v ontade ou mesmo corrup -
ção , que, sem dúvidas, têm r espon -
sa bilidade na lentidão do pr ocesso .
T r ata-se de um mecanismo m uito mais
comple xo , totalmente estr atificado
concorr endo com um setor e xtr ema -
mente ágil – a v elocidade com que a
indústria tende a ofer ecer bens de
ser viço é sempr e maior do que a ca -
pacidade do go v erno de a bsor v er .
O que se colhe diss
oéoa g
rava -
mento dos congestionamentos nos
g r andes corr edor es de tráfego , r esul -
tado do aumento da fr ota de v eículos e
poucas obr as par a r eduzir os gar galos
do trânsito . Esses gar galos, que antes
aconteciam só na hor a do rush, agor a
são obser v ados dur ante o dia todo .