-->José Sarney-->EX-PRESIDENTE DA
REPÚBLICA-->luta em a bundância e m uita
água. O estado r ece beu mais de
1 milhão de r etir antes, popu -
lação igual à que já e xistia em
seu território . Hoje, o Mar a -
nhão conta com quase seis mi -
lhões e meio de ha bitantes, é o
16º PIB da F eder ação e possui o
segundo porto do Br asil, Itaqui,
que e xporta an ualmente mais
de 100 milhões de toneladas de
ferr o e cer eais.
Da er a desen v olvimentista
de J uscelino , o Nor deste ficou
de f or a. Só no último ano de seu
go v erno , em 1959, sob a pr essão
da seca de 1958, é que nasceu a
ideia da Sudene.
Nesse pr ojeto o estado do
Mar anhão ent
rava
como ár ea
de e xpansão da fr onteir a ag rí -
cola nor destina.
Agor a, nós, mar anhenses,
que nos queixáv amos de não
ter riquezas natur ais, f omos
aquinhoados pelo Criador com
a descoberta de gás – só um
poço em perfur ação equi v ale à
metade das r eser v as da Bolívia
–, além das g r andes jazidas de
ferr o em Cidelândia, bauxita
na Serr a do T ir acambu e our o
em Godofr edo V iana.
A P etr obr as, com o a v al do
pr esidente Lula, escolheu o
Mar anhão par a construir sua
Refinaria Pr emium, em Baca -
beir a, com as obr as já inicia -
das, a maior da América La -
tina, de v endo pr ocessar , quan -
do concluída, 600 mil bar -
ris/dia. E as notícias são de que
as plataf ormas que perfur am o
litor al mar anhense estão en -
contr ando indícios concr etos
de petróleo .
O M ar anhão está bombando ,
eufórico e c heio de esper ança. O
ca v alo está selado .OBr asil vi v eu vários ci -
clos econômicos – e o
Nor deste viu apenas a
banda passar . Depois da Segun -
da Guerr a Mundial, quando se
f orm ulou, em cooper ação com
os Estados Unidos, o Plano Sal -
te, que pr ocu
rava
colocar o país
na er a do planejamento , a r e -
gião não entr ou nos seus ob -
jeti v os. A v er dade é que o Nor -
deste sempr e f oi visto sob a
ótica da caridade. Símbolo dis -
so f oi o gesto de dom P edr o de
doar as joias da cor oa par a com -
bater as secas.
T alv ez, no ponto mais alto da
criação literária do país, o r o -
mance nor destino com essa te -
mática tenha f a v or ecido o es -
ter eótipo de que a salv ação es -
ta v a no assistencialismo . F oi
Celso Furtado , apoiado por um
conjunto de políticos jo v ens de
que fiz parte, quem buscou uma
solução científica e estrutur an -
te par a tentar r esolv er as ag ru -
r as crônicas da r egião , inte -
g r ando-a ao r esto do Br asil.
Dur ante os séculos passados,
tínhamos sido e xportador es de
mão de obr a bar ata par a as f a -
z endas de café, construção ci -
vil, pequenos empr egos indus -
triais e ati vidades subalternas
no Centr o-Sul. Outr a corr ente
mig r atória, mais miseráv el, f oi
par a a Amazônia. Deixou-se es -
cr a vizar nos seringais. P oucos
s o b re v i ve ra m .
Uma ter ceir a corr ente irr om -
peu nos v ales úmidos do Ma -
r anhão , onde ha via terr a de v o -