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'As melhores intenções', destaca crítica sobre 'O nó do diabo'

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A ideia nasceu ótima: montar uma analogia que fosse dos dias de hoje até o auge da escravidão, 200 anos atrás, onde observaríamos a involução através dos tempos, e ironicamente perceber que pouco ou nada mudou nas questões referentes ao racismo, mesmo em períodos onde o termo nem havia sido cunhado ainda. Tudo pronto, e quatro diretores se uniram na tarefa que seria inicialmente uma série. 

Mas filmes em episódios têm a tradição de serem irregulares, contando sempre com passagens muito boas intercaladas a outras menos boas. Aqui, a intenção não conseguiu que isso não se repetisse e Ramon Porto Mota (1 e 5), Gabriel Martins (2), Ian Abé (3) e Jhesus Tribuzi (4) não conseguiram impedir a irregularidade dentro dos próprios episódios, cada um com problemas de diferentes instâncias e tamanhos.

Sem dúvida os dois primeiros episódios são os melhores, passados nos dias de hoje e em 1987, seguindo para 1921, 1871 e chegando em 1818. A incursão por fazer algo híbrido, relacionando o cinema de horror ao racismo e o que os negros vivem desse sempre até hoje é válida, e talvez isso mantenha o interesse pelo longa. No mais, um elenco eficiente e uma ideia condizente ao nosso tempo não são suficientes para impedir uma produção com problemas estruturais envolvendo a própria representação negra, as homenagens aos gêneros do cinema e a gangorra de interesses que cada episódio guarde. 

* Membro da ACCRJ

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O NÓ DO DIABO: ** (Regular)

Cotaçõeso Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom

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