Pouco comum à mesa do brasileiro, o vinho âmbar, também conhecido como laranja, não é exatamente uma novidade na vitivinicultura e sua produção data de milhares de anos. Porém, só agora ele ganhou o status de queridinho dos sommeliers mundo afora e foi eleito por Ed Arruda, sommelier executivo do Belmond Copacabana Palace, para incrementar a adega do hotel. Nos dias 14, 15, 16 e 17 de abril, Arruda promoverá no evento Vinhos Âmbar, uma degustação com rótulos selecionados para apresentar as peculiaridades dessa bebida.
Atualmente, o hotel conta com mais de dez rótulos que dividem a adega com tintos, brancos e rosés. Para a degustação, Arruda elegeu oito rótulos, entre eles o Gravner Breg, tido como um dos melhores do mundo, e o Gravner Ribolla Gialla, produzidos na região italiana do Friuli, norte italiano (R$35 a taça). Para acompanhar a degustação, foi elaborado um cardápio de finger food, que inclui sugestões como Crostini de Polenta com Funghi Misto e Ovo de Codorna e Brioche de Cacau com Foie Gras e Geléia de Cebola (R$45). “O âmbar tem um aroma muito característico e frequentemente lembra frutos secos. É um tipo muito versátil para harmonização, combina com peixes e frutos do mar, comidas mais temperadas, e até mesmo com carnes que geralmente usamos o tinto.”, diz Arruda. Definitivamente, não se trata de modismo. “O apelo natural foi o que intensificou a procura por vinhos laranja. Os que não conhecem, geralmente se apaixonam quando experimentam.”, conclui.
Sobre o vinho laranja
Denominados pelos italianos, maiores produtores dessa bebida, de "vino ambro" pela cor mais acobreada e âmbar, o vinho laranja é um branco produzido de forma semelhante a um tinto – ou seja, o suco da uva fica em contato com as cascas e é isso o que garante a cor diferenciada. Para o seu armazenamento, em sua maioria, são usadas ânforas de barro, forma tradicional de conservar vinhos na antiguidade, mas também pode ser feito em tonéis de carvalho ou cimento.