José e Raquel são dois jovens que se amam. Esse amor tem numa rixa entre suas famílias a razão que o leva a ser vivido às escondidas. Esse tipo de situação, comum no Nordeste brasileiro, inspirou José Carmelo de Melo Resende a criar o cordel “Entre o amor e a espada”. A obra foi encenada em 2011, em montagem homônima criada pela Bubuia Cia de Teatro sob a direção de Diêgo Deleon. A fábula trágica tem sua narrativa cênica incrementada com danças de roda, lutas de maculelê e outros elementos da cultura popular. E volta, dia 20 (sábado) ao jardim do Museu da República, no Palácio do Catete, local que a celebrizou em 2013. A entrada é franca e, a exemplo do ocorrido dois anos atrás, costuma fascinar adultos e crianças.
A montagem já foi aplaudida em capitais e cidades como Cuiabá (MT), Olinda(PE) e Teresópolis (RJ). Na trama, o jovem José se vê obrigado a honrar a família, matando o coronel Olímpio, pai de sua amada Raquel. José foge e reencontra Raquel anos mais tarde. Sem que se reconheçam, voltam a se apaixonar e o agora adulto José tem um dilema impossível pela frente: tirar a vida do assassino do pai da sua amada.
A encenação leva o público a refletir sobre a importância de se viver um amor ou a de defender a honra, seja ela pessoal ou familiar. “A peça tem como uma de suas funções tornar acessível a qualquer espectador questões delicadas e atemporais do mundo. Tudo de forma leve e envolvente, lançando mão de manifestações populares brasileiras”, explica o diretor Diêgo Deleon, também responsável pela adaptação do cordel. “Nosso intuito é o de mostrar ao espectador a identidade cultural na qual ele também está inserido, incentivando e promovendo a capacidade de nele se autorreconhecer através do imaginário popular de seu país”, arremata. E como termina essa história? Só indo ao Museu da República para saber...
SERVIÇO:
Temporada: De 20 de junho até 26 de julho
Local: Palácio do Catete – Rua do Catete, 153 (Jardim)
Dias e horários: Sáb e Dom, às 16h (não há sessão em caso de chuva)
Entrada Franca
Classificação: Livre