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Galerias de arte se reúnem em evento coletivo contemporâneo no Rio

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No próximo dia 05 de abril, galeristas do Shopping Cassino Atlântico se reúnem para realizar a segunda edição do evento coletivo Atlântico Contemporâneo. O movimento, cujo objetivo é valorizar a arte contemporânea no Rio de Janeiro e oferecer, num mesmo espaço, diferentes modos de olhar a arte atual confirma o Shopping Cassino Atlântico como pólo de arte carioca e o Arpoador como o bairro com maior concentração de galerias de arte da cidade.

A primeira edição do Atlântico Contemporâneo contou com a participação de apenas quatro galerias. O sucesso foi tanto que desta vez, dez galerias irão abrir suas portas simultaneamente com exposições de arte contemporânea em pintura, papel, escultura e grafite.

O evento também tem novidades como a performance de Fernando Reis Vianna na galeria H.Rocha no dia da abertura do evento, a galeria Versailles que resolveu dar novos rumos e a partir dessa data muda o nome e passa a ser conhecida como VG Arte Galeria. A galeria, que adotou a arte contemporânea como estilo e se dedica a comercializá-la, agora se volta também para o mercado de novos talentos. O mesmo acontece com a tradicional Athena, que abre um novo espaço dedicado a “nova” arte com o nome Athena Contemporânea. Já a Galeria Movimento, aposta no evento para abrir suas portas num novo visual, depois de quase um mês de reforma. Nas exposições coletivas de acervo, quem for ao evento vai ter a oportunidade de ver de perto obras de arte como Frans Krajcberg, Gerchman, Vergara, entre outros.

Entre as individuais, a Galeria Movimento  exibirá a mostra “_morphosis”, do ilustrador, grafiteiro e artista plástico Mateu Velasco. Os trabalhos que serão apresentados finalizam a série de retratos, iniciada em 2008, com um profundo estudo de cor e significado. Na mostra Mateu retrata, de forma gráfica, belas mulheres cujos cabelos são entrelaçados em objetos à primeira vista díspares, mas que compartilham a idéia de “transformação”, ou “metamorfose”.

A Tramas Galeria de Arte  irá exibir a individual “Por uma condição mais humana de mundo" do artista plástico José Tannuri. Num total de 18 obras, podem ser vistas entre elas, pinturas, desenhos e fotografias. Nas três séries expostas pelo artista, segundo o crítico Felipe Scovino, Tannuri questiona o individualismo humano. Na série Fronteiras/2004, trava um intenso diálogo com certo “mobiliário urbano” brasileiro surgido no fim da década de 1980; na série Humanos/2006 a questão do tempo é representada utilização do óxido de ferro; e na série “Um ritual de passagem para outro lugar”, um desdobramento das anteriores, toma como partida seu auto retrato para a passagem desses seus três momentos distintos.

Já a galeria H.Rocha , mostra a individual de Fernando Reis Vianna na exposição "Despacificados". O artista capta a realidade do olhar das crianças que moram nas ruas da Lapa representando-as em suas pinturas que geralmente levam muitas camadas de tinta em tons fortes recortados em fundo texturizados. Fernando Reis transforma as fotos em pinturas e vai além do que queremos ver e nos avisa pela boca de um dos meninos: podemos enxergar.

Grafismo e cor poderão ser encontrados na VG Arte Galeria , nome atual da tradicional Galeria Versailles, através das pinturas do cearense Alexandre Chaves na mostra  "Pura Cor". Na exposição individual, o pintor prodígio, que tem apenas 17 anos, exibe em traços firmes um trabalho cheio de simbolismos. Alexandre, que trabalha intuitivamente com cores fortes em composições abstratas, despertou desde cedo o interesse de produtores culturais e curadores de arte.

Já o artista carioca Wladimyr Jung será apresentado pela Colecionador . De início apenas um colecionador de arte, Jung começou a apresentar obras autorais apenas em 2007. Ele segue o caminho da arte abstrata e suas telas levam tanta tinta que demoram seis meses para secar. 

Espaço Eliana Benchimol , há 24 anos no mercado e especializado em arte cinética e concretista, estará apresentando a mostra individual do Dolino, um dos artistas brasileiros que mais expõe no exterior. Vale ressaltar que a galeria aposta num estilo de linguagem artística que está dentro das tendências mundiais de arte com artistas como  Cruz-Diez, Soto, Perez-Flores, Le Parc e Agam .

Marcia Barrozo do Amaral Galeria de Arte , fundada em 1974, apresentará uma coletiva de trabalhos em papel de artistas como Frans Krajcberg, Anna Letycia, Tomie Ohtake, Eduardo Sued, entre outros. A coletiva marca, nessa exposição, um retorno às origens da galeria, quando apenas trabalhava com obras nesse suporte.

A galeria Patrícia  Costa  reúne numa minuciosa exposição obras do artista brasileiro Peticov, um apaixonado pela matemática e simetria da geometria; do já renomado Vergara; e os famosos pastéis sobre cartão e esculturas de Gerchman. Um dos destaques é o totem de ferro pintado e uma escultura de madeira do artista.

Athena Galeria de Arte  nos dará a oportunidade de vislumbrar uma coletiva com fotografias de Vik Muniz, David LaChapelle, Carlos Vergara, Abelardo Morell, Betina Samaia, Massimo Vitali, Claudio Edinger e do novato Eduardo Masini, semi finalista ao Prêmio Hasselblad de Fotografia. Eduardo apresentará uma série de quatro fotos, feitas em New York, que exploram sobreposições de imagens utilizando máquina analógica.     

Saiba mais:

O Cassino Atlântico é o shopping com maior concentração de galerias de arte, e onde a presença da arte contemporânea vêm crescendo a cada ano. A Galeria Movimento, criada por Ricardo Kimaid Jr., terceira geração de uma família de marchands , abriu em 2006 especializada em grafite e arte contemporânea. A Inox veio em seguida, inaugurada em 2009 pelos jovens irmãos Gustavo e Guilherme Carneiro, com um conjunto bastante diversificado de arte e design de artistas renomados. O artista Anderson Thieves abriu sua própria galeria no início de 2011. A Athena Contemporânea, abre as portas em abril, a tempo de participar do Atlântico Contemporâneo. Ela é a versão “jovem” da celebrada Athena Galeria de Arte, que participa da SP Arte desde sua primeira edição e do PINTA, no Píer 92 em New York. A versão contemporânea será gerenciada por Filipe, de apenas 21 anos e segunda geração de galerista da “família Athena”.