É inevitável não comparar a versão brasileira do Ídolos com a norte-americana, que já revelou talentos como Kelly Clarkson. Durante a coletiva que lançou a quarta temporada da atração, nessa terça-feira (30), o jurado Marco Camargo deixou a polêmica de lado e falou sobre o assunto. "Nos Estados Unidos, quando ele sai do programa, ele tem visibilidade, vai naqueles talk shows maravilhosos de lá. Essa é a diferença. A gente gostaria que fosse assim", disse.
"O trabalho do Ídolos é dar visibilidade para aquela pessoa. O Brasil acho que é o único país que, porque saiu da Record, não pode fazer Globo, SBT. Não se faz nada. Isso é fato, não é mentira. Eu adoraria pegar esse artista e levar no Faustão, no Luciano Huck e na Hebe, mas não, ele acaba fazendo os programas da casa só. Isso é uma sacanagem, o cara não tem culpa", esclareceu.
Na Rede Record, não há cláusulas contratuais que impedem o vencedor de ir aos programas das demais emissoras.
Fama de mau
Apontado como o jurado mais duro e crítico nas audições do reality show, Marco Camargo rechaça a fama adquirida nas outras temporadas. Ele afirma ser apenas verdadeiro. "Nunca tive medo de falar. Eu já era produtor musical antes do programa. Para mim não é difícil, porque quando digo 'olha para mim', sei que ele está perdido, achando que vai ganhar dinheiro. Já vi acontecer, sei que ele não vai a lugar nenhum. Sou o melhor amigo dele ali", disse.
Segundo o produtor, passada a tensão do programa, alguns participantes vêm agradecer o "não" que receberam. "Teve um garçom que me abraçou e disse que foi cantar e eu disse que não dava. Hoje, ele é maître, é casado e tem uma filha", contou.
Falando em família, o jurado lembrou que até seu filho de nove meses já sabe dizer quem não se sai muito bem na cantoria. "Eu pergunto: 'essa pessoa canta?', ele balança a cabeça dizendo que não. As vezes é com a mãe dele, ele a ama, mas sabe discernir que é errado", se diverte.