Agência ANSA
BUENOS AIRES - O ministro de Cultura do governo autônomo da Cidade de Buenos Aires, Hernán Lombardi, apresentou a "Cápsula do Tempo 2210", que guardará fotos, vídeos e textos de qualquer habitante do planeta durante duzentos anos.
O objeto receberá desde os hinos dos estádios de futebol, imagens de um jantar familiar, ou o fragmento de um texto clássico, "porque o futuro todo será de extremo valor", explicou o ministro.
"O que enviarem os usuários é inevitavelmente genuíno, interessante e representativo de nossa época", explicou o Ministério de Cultura da capital argentina.
Lombardi destacou que a "Cápsula do Tempo 2210" constitui "um dos projetos mais mobilizadores e interessantes da celebração do Bicentenário" de Independência do país, comemorado neste ano.
"O governo da cidade de Buenos Aires busca com esta cápsula construir um nexo direto entre as pessoas de hoje e as do futuro, sem intermediários", apontou ele.
Cada internauta poderá enviar até o dia 8 de outubro através do site www.capsula2210.com uma mensagem (textos, fotos, vídeos) que será vista no dia 25 de maio de 2210, quando o objeto for aberto.
"A cápsula do tempo é mais que guardar coisas, é um desafio de nossa época, de projetarmo-nos ao futuro. É um compromisso de reflexão sobre o sentido e destino de cada ser humano da vida atual. Esta reflexão é parte do feito cultural do Bicentenário", acrescentou Lombardi.
O objeto é um cilindro hermético de titânio de três metros e 250 quilogramas que funcionará como um receptáculo de 500 discos blu-ray de alta resistência, os quais conservarão as cópias de todos os documentos arquivados pelos usuários no site -- com capacidade de armazenamento de 12 GB. A forma do cilindro é similar à primeira do mundo criada pela empresa Westinghouse em 1939.
"É basicamente um receptáculo online das fotos, vídeos e textos que os usuários quiserem subir através da Internet", resumiu Lombardi.
"Para participar não há limitações nem regionais, nem de idade, nem de nacionalidade. É grátis e livre. O site possui uma política de neutralidade editorial e não intervirá sobre os conteúdos publicados enquanto respeitarem os termos e condições", informou o ministro durante a apresentação da iniciativa.