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Ideas e Livros: um velhote revolucionário entre os lançamentos

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Juliana Krapp, JB Online

RIO - Em meio à enxurrada de livros infantis que são um desbunde, de tão caprichados no aspecto gráfico, há um que, recém-lançado no Brasil, merece destaque especial. E não é por conta da idade, embora já tenha quase 100 anos de vida: O livro inclinado, de Peter Newell, lançado pela primeira vez em 1910, chega às estantes brasileiras pela CosacNaify.

O nome já diz tudo: o formato do livro (reparem nas figuras ao lado e abaixo) é literalmente inclinado , para acompanhar a ideia da história. Que, afinal, narra as travessuras de um carrinho de bebê que foge desgovernado pelas ruas de Nova York.

O Peter Newell é como um avô dos livros-objeto de hoje. Ele extrapola a ideia de livro infantil, pois se coloca na posição de traduzir a experiência de leitura para além do texto e da ilustração define Isabel Lopes Coelho, editora de infanto-juvenis da Cosac.

Estripulias

Fora o aspecto pioneiro do formato, história e ilustrações são de fato uma graça. A primeira é toda em versinhos, que narram as peripécias de Bobby, o bebê, ruas abaixo (ele quebra vidraças, atropela um piquenique e derruba um hidrante, entre outras coisas). Já as ilustrações, assinadas também pelo escritor, dão conta da gaiatice do pirralho que, em meio a tanta confusão e perigo, acha tudo muito divertido.

Do mesmo autor, a Cosac promete lançar, em breve, O livro do foguete, com tradução de Ivo Barroso. Enquanto isso, O livro inclinado tem sido redescoberto mundo afora, com reedições em países como França e Itália, por exemplo.