Maurício Zágari, Jornal do Brasil
RIO - É inevitável mencionar A bruxa de Blair e Cloverfield Monstro quando se fala de Quarentena, pois a premissa é idêntica. O filme a que o público assiste seria o material captado pela câmera de um dos participantes da ação.
A estética também é igual: imagem tremida e correrias, tendo ao fundo uma onipresente e histérica gritaria. E a história é de uma originalidade ímpar, com pessoas infectadas por um vírus bizarro que viram zumbis antropófagos e passam a perseguir os sobreviventes.
O longa segue a persistente e lucrativa moda de rodar versões ianques de sucessos estrangeiros no caso, do espanhol REC.
Apesar de toda a clichezada, o filme funciona. A tensão e os sustos deixam os músculos doloridos ao final da projeção, graças ao roteiro sem arestas, à direção de John Erick Dowdle (em seu segundo terror depois do ainda inédito The Poughkeepsie tapes) e às interpretações de um elenco que (como convém a todo filme independente que se preza) é bom, bonito e barato.