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Filho de nazista conduz trama em 'O menino do pijama listrado'

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Filipe Quintans, JB Online

RIO - Eis um filme que carrega um leve aroma de comida requentada. A história se passa na Segunda Guerra. O protagonista é um menino de uns 7, 8 anos. Se for na Segunda Guerra, tem o quê? Nazistas, claro, com aquela palhaçada em cinza e vermelho, ao som de hinos horrorosos, cantados em uníssono.

Os valores de um filme como, digamos, A vida é bela, de Roberto Benigni, foram apenas trocados o protagonista está do lado nazista, desta feita. Seu pai é promovido ao comando de um campo de trabalho e a família se muda para uma propriedade vizinha. O menino alemão, explorando a vizinhança, conhece o judeu, carequinha e num horrendo uniforme. Da amizade à tragédia em 90 minutos.

Direção e roteiro insistem na tese (tola) de que um menino de 8 anos, na Alemanha nazista, filho de um oficial, não tinha noção da antipatia ao povo judeu. Ao se incumbir da árdua tarefa de contar a história do holocausto pelos olhos de uma criança (mais uma vez), com fotografia empavonada e música encharcada de lágrimas, fica só na tentativa.