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GRAMADO - O documentário argentino Cocalero, do diretor Alejandro Landes, fez sua estréia no Festival de Gramado nesta segunda-feira, levantando a trajetória de Evo Morales até chegar à presidência da Bolívia.
Exibido no Palácio dos Festivais e assistido por poucos, a produção retrata o movimento sindical no país, além do papel da mulher como peça fundamental para o êxito desta ação, abrindo as primeiras discussões políticas do evento.
O discurso indígena, aqui representado pelo próprio Morales, ainda mantém um papel forte, com poucas referências históricas, o que fez muitas pessoas se perderem, especialmente aqueles que não acompanharam toda a história política do presidente.
A "caminhada" de Evo Morales é retratada no filme especialmente pelo movimento esquerdista cocalero, composto por agricultores que cultivam plantações de coca para mascar suas folhas.
O indígena venceu as eleições de 2005 em primeiro turno contando com o apoio populacional e de Hugo Chávez, que teria financiado sua campanha.
O filme é apenas uma das produções estrangeiras que concorre na mostra competitiva. Nesta segunda-feira, ele foi um dos temas do debate realizado no Centro de Eventos da UFRGS, que também abriga atrações do Festival de Gramado.