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Wilker defende que cinema promova integração da América Latina

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Agência EFE

RIO - O ator José Wilker defendeu, nesta sexta-feira, que o cinema produzido na América Latina sirva para incentivar a integração da região, uma tarefa "muito importante" da sétima arte. O ator participa do 11º Festival de Cinema de Lima, no Peru.

- O cinema produzido em Argentina, Chile, Venezuela, México e Cuba até pouco tempo atrás não era conhecido no Brasil, mas nos últimos anos, com o esforço dos cineastas, começou uma espécie de integração - disse Wilker em entrevista coletiva.

Wilker apresenta Xica da Silva (1976), de Cacá Diegues, em que interpreta o Conde de Valadares. Amanhã o ator será homenageado pelos organizadores do festival. Ex-diretor da distribuidora RioFilme, ele afirmou que está muito "mais interessado" no cinema produzido "na América do Sul, na Coréia, na China, no Irã e em parte da Europa" do que nos filmes americanos.

- Quase sempre o cinema feito em Hollywood substitui a ausência de idéias por barulho - disse.

Além disso, o ator previu que os melhores filmes que serão produzidos no Brasil nos próximos anos "vão vir das favelas".

Wilker, que é conhecido no resto da América Latina pelo personagem Sinhozinho Malta na novela Roque Santeiro (1985), não quis responder se prefere atuar no cinema, na televisão ou no teatro, porque há "diferenças desafiantes" em cada um deles.

Artista politizado, José Wilker confessou que no início de carreira Fidel Castro representou para ele "a imagem da salvação, a idéia de futuro", mas revelou que agora não acredita na política de países como Cuba "porque o comunismo foi um sonho que já acabou e às vezes é um pesadelo".