Iesa Rodrigues, Agência JB
SÃO PAULO - Depois de um intervalo de dois anos, o estilista dos drapeados e bordados voltou à São Paulo Fashion Week. Seguiu a tendência das deusas gregas, coerente com seu currículo e desenvolveu tranqüilamente os drapeados, bordado em cordões metalizados e franjados dourados, dignos de Hera e Artêmis. Ao lado de tantas roupas de luxo, feitas para grandes ocasiões, insinuam-se bermudas de cetim e seda, com cós alto ou abotoamento marinheiro (com botões em pala na frente) e versões curtas das deusas drapeadas em verde, pele e rosados. Para estabelecer o perfil do Marcelo, digamos que é uma espécie de Elie Saab brasileiro. Elie é o libanês que desfila em Paris, campeão de vendas e do marketing de vestir celebridades, as deusas contemporâneas. Assim como Elie, Marcelo não deixa de lado os drapeados e bordados da cultura da moda clássica.
Rodapé: Último dia, faltam apenas dois desfiles para encerrar a 23ª edição da São Paulo Fashion Week. Algumas unanimidades se estabelecem. A primeira, o cinza, como cor predominante e refrescante para o verão. A segunda, mais imediatista, é a gripe do pit, como está sendo chamada a virose que ataca os cansados freqüentadores da Bienal de São Paulo.
Valério Araújo fez as faixas pretas das cabeças de Marcelo Quadros.
O estilista é chegado a uns comes. Ofereceu bombons da Ana Abelha como brinde na sala e inclui folder da Padaria Princesa do Bonfiglioli no material de apresentação.