ASSINE
search button

Exageros dramáticos comprometem "Lições de vida"

Compartilhar

Carlos Helí de Almeida, Agência JB

RIO - "Lições de vida" é uma espécie de "Ensina-me a viver moderno", sem os aspectos sexuais do romance geriátrico dirigido por Hal Ashby em 1971. Descreve o relacionamento entre um adolescente solitário e introvertido (Rupert Grint, o ruivinho Ron da série Harry Potter), filho único de uma beata maníaca (Laura Linney), e uma velha dama do teatro (Julie Waters) excêntrica e depressiva. Um casamento feito nos céus, como diriam alguns.

A despeito das performances fenomenais de Grint e de Julie, o filme de Jeremy Brock é recatado demais em relação aos seus semelhantes. Há momentos em que a história, recriada a partir de uma experiência pessoal do diretor com Dame Peggy Aschcroft, ameaça ganhar sua própria identidade (como filme).

No fim das contas, pieguismos e outros exageros dramáticos acabam comprometendo o que poderia ser um divertido e educativo filme sobre duas almas errantes.