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Grécia pede que Museu Britânico devolva mármores em "prisão obscura"

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O presidente da Grécia pediu nesta segunda-feira que o Reino Unido liberte os mármores do Partenon da "prisão obscura" de seu museu nacional, intensificando a retórica de uma campanha de quase 200 anos pela devolução das esculturas.

O presidente Prokopis Pavlopoulos falou no Museu da Acrópole de Atenas, que ativistas esperam abrigar um dia os relevos e figuras clássicas levadas por um diplomata britânico no início do século 19.

"Deixem o Museu Britânico vir aqui e fazer a comparação entre este museu (da Acrópole) de luz, e a prisão, se posso dizer, obscura do Museu Britânico onde os Mármores do Partenon são mantidos como troféus", disse Pavlopoulos. Não houve resposta imediata do Museu Britânico.

O lorde britânico Elgin retirou as esculturas de 2.500 anos do templo da Acrópole de Atenas durante um período em que a Grécia estava sob o domínio otomano.

Eles foram instalados em uma galeria do Museu Britânico, em Londres, iluminada por uma larga claraboia.

A Grécia vem pedindo sua devolução de forma insistente desde sua independência, em 1832, e intensificou sua campanha em 2009, quando abriu seu novo museu no sopé da colina da Acrópole.

Este edifício abriga as esculturas que Elgin deixou para trás, além de moldes de gesso das peças ausentes, iluminadas pelo sol que incide através de uma parede de vidro que dá vista para o cenário original.

"Este museu pode abrigar os Mármores", disse Pavlopoulos. "Estamos travando uma batalha sagrada por um monumento que é único."

O Museu Britânico se recusa a devolver as esculturas, dizendo que foram adquiridas por Elgin por meio de um contrato legal com o império otomano.