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Crítica - Suspiria

** (Regular)

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Refazer um clássico do terror não parecia uma tarefa fácil. Mas, o diretor Lucas Guadagnino, preferiu seguir um caminho mais desafiador, após o sucesso de ‘Me chame pelo seu nome’, do que apostar no óbvio. E escolheu ‘Suspiria’, que Dario Argento realizou em 1977, para o desafio. Acabou não fazendo um remake ao pé da letra, mas uma reinterpretação.

Este ‘Suspiria: a dança do medo’, é mais detalhado, e entra mais nos personagens, do que o de Argento (que se preocupava mais com a estética). O problema é que, para isso, alongou em quase uma hora (incluindo um prólogo) a trama original. Se não satisfaz, em termos de terror, tem lá suas qualidades. 

A trama mostra uma americana (agora feita por Dakota Johnson, mas, a original, Jessica Harper, faz uma ponta) que, ao entrar para uma prestigiada academia de dança, em Berlim (ainda nos tempos do muro), descobre que aquilo tudo, é apenas uma fachada para algo que não tem a ver apenas com arte. 

Se quiser algo mais radical -- e próximo do clima aflitivo de Argento --, tente ‘Clímax’, de Gaspar Noé (recém exibido no Brasil), que é sobre dança. E também abusa dos tons vermelhos do ‘Suspiria’ original. Embora não tenha nada de sobrenatural.

Tags:

cinema | crítica