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'Fulaninha e Dona Coisa': comédia doméstica resgatada

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Encenada originalmente em 1990, a comédia “Fulaninha e Dona Coisa” está em cartaz até 9 de fevereiro no palco do Teatro Firjan Sesi, no Centro, retomando a narrativa bem-humorada sobre a relação ambígua entre uma empregada doméstica e sua patroa em contexto atualizado.

A mudança na legislação sobre o trabalho doméstico serve como pano de fundo para a montagem que encerra sua turnê no Rio depois de passar por Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Novo Hamburgo, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Natal. “A peça aparece como uma oportunidade de falar das recentes modificações, de maneira bem-humorada, sem deixar de ser informativa”, afirma o produtor Eduardo Barata.

Nos papéis encenados, respectivamente, por Louise Cardoso e Aracy Balabanian, na montagem original, Nathalia Dill vive a Fulaninha, jovem, que chega do interior para trabalhar como doméstica, e Vilma Melo interpreta a Dona Coisa, sua patroa.

Trama, piadas e referências são desenvolvidas e desenroladas a partir dos encontros e desencontros das relações profissional e pessoal entre a moça recém-chegada da cidadezinha, onde todos se conhecem pelo nome, e a mulher moderna e independente, que opta por manter uma distância mais impessoal.

“É uma relação muito complexa, porque é trabalhista e, ao mesmo tempo, acontece dentro de casa”, explica Nathalia Dill, que interpreta a Fulaninha até este fim de semana – a partir da próxima quinta-feira (24), Claudia Ventura completa a temporada.

Atualizações à parte, no geral, a peça segue as referências do texto escrito por Noemi Marinho. Em um mundo com as distâncias encurtadas e os conhecimentos compartilhados pela tecnologia, a jovem interiorana ainda se assusta com a cidade grande. Por um lado, inadvertida de que pode sair quando terminar seu horário, vai ficando no trabalho; por outro, na ausência da patroa, curte sua casa (e suas roupas bacanas) como se fossem dela.

“Para além das personagens em si, a gente procura mostrar onde cada um pode se identificar com alguém que está fora da sua zona de confronto”, avalia Dill.

Daniel Herz dirige a peça, cuja encenação original foi comandada por Marco Nanini.

Fernando Mello da Costa e Clívia Cohen são os responsáveis por cenário e figurinos, respectivamente. Renato Machado assina a iluminação da montagem atual, que tem trilha sonora original, da Leandro Castilho.

Serviço

FULANINHA E DONA COISA - Teatro Firjan Sesi (Av. Graça Aranha, 1- Castelo. Tel: 2563-4164). Quinta a sábado, às 19h; domingo, às 18h. Até 9/2. Duração: 70 minutos. Entrada: R$ 40) / R$ 20. Vendas no local: De segunda a sexta, das 11h30 às 19h30. Sábados e domingos, a partir de duas horas antes do espetáculo. Vendas online em www.ingressorapido.com.br. Classificação etária: 12 anos.

Tags:

coisa | fulaninha | peça