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Crítica - O manicômio: Batido, mas funcional

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Há cerca de um ano, a produção classe B “Heilstätten”, estandarte do novo cinema alemão de terror, corre o mundo, sem muito alarde, recauchutando, com zero de originalidade, uma fórmula que já soma duas décadas, iniciada com o fenômeno “A bruxa de Blair”: jovens usam câmeras para documentar o Mal. O filão rendeu coisa boa, seja à moda espanhola (caso de “REC”) ou à moda hollywoodiana (“Atividade paranormal”). E sua feição germânica, sob o comando do realizador Michael David Pate (do delicioso “Kartoffelsalat”), compensa o que lhe falta em novas ideias e criatividade com um rigoroso domínio das cartilhas do horror e com uma montagem que potencializa sustos.

O elenco é de um amadorismo pavoroso, quase mais assustador do que as quizilas retratadas numa trama típica de casarões assombrados, porém a montagem feérica disfarça canastrices. Na trama, um time de youtubers quer checar se faz jus à fama macabra de um sanatório abandonado. Não é o caminho que mais impressiona em um diretor, mas é uma trilha que satisfaz os fãs de narrativas horroríficas cheias de som, fúria, sangue e tripas.

** - Regular

*Roteirista e crítico de cinema