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O cinema argentino conta suas histórias mínimas até este domingo, na Caixa Cultural

Reprodução -
Produção de Argentina e Holanda, Bolívia saiu em 2001, com o uruguaio Adrián Caetano dirigindo o boliviano Freddy Rosa e Rosa Sánchez, que interpreta uma paraguaia
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Com mais dez filmes na lista, segue até domingo, na Caixa Cultural, “O Cinema argentino conta suas histórias mínimas”. Em formato digital, a mostra traz expoentes do premiado cinema produzido na Argentina nos últimos 26 anos.

A curadoria de Thiago Ortman dá ênfase a uma característica recorrente das produções argentinas mais recentes: a opção por contar histórias divididas em pequenos relatos de personagens comuns, em suas vidas cotidianas, que acabam envolvidas em situações as quais modificam totalmente suas rotinas, abrindo roteiros inesperados, quase nonsense.

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Produção de Argentina e Holanda, Bolívia saiu em 2001, com o uruguaio Adrián Caetano dirigindo o boliviano Freddy Rosa e Rosa Sánchez, que interpreta uma paraguaia (Foto: Reprodução)

Iniciado nos anos 1990, com o crescimento de cursos de cinema na Argentina e se consolidando com uma geração de diretores revelados na década seguinte, o chamado “Nuevo Cine Argentino” coincide com seguidas crises políticas e econômicas.

Os longas-metragens exibidos pela Lúdica Produções na Caixa Cultural incluem produções da safra de 1992 a 2017, que carregam as assinaturas de cineastas como Pablo Trapero, Ana Poliak, Juan Villegas, Celina Murga e Verónica Chen, entre outros.

Um destaque de hoje, fechando a programação desta quinta-feira curiosamente é dirigido por um uruguaio, em produção dividida entre Argentina e Holanda, com nome de outro país. “Bolívia”, de Adrián Caetano, conta, em 72 minutos, a história de Freddy (Freddy Flores), um imigrante ilegais boliviano que tenta a sorte trabalhando na cozinha de um restaurante em Buenos Aires.

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Ana e os Outros (2006) é um destaque de amanhã (Foto: Reprodução)

Todos os personagens principais levam o nome dos atores que os interpretam, nessa trama passado durante duas semanas na vida de Freddy e de pessoas com as quais ele convive diariamente, como o dono do restaurante, Enrique (Enrique Galmes); a garçonete paraguaia Rosa (Rosa Sánchez), o taxista endividado Oscar “Oso” (Oscar Bertea) e outros portenhos e habitantes que passam por ali em seus cotidianos.

Outro destaque é “Ana e os outros”, de Celina Murga, que será exibido amanhã, às 17h. O filme conta a história de uma jovem argentina de 20 anos, que faz um caminho inverso, voltando da capital para sua cidade natal Entre Ríos, a qual aprende a ressignificar, após se deparar com lembranças de suas experiências da infância e da adolescência.

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Alanis (2017), de Anahí Berneri: amanhã, às 19h (Foto: Reprodução)

O filme mais recente da mostra “Alanis”, exibido no Festival do Rio de cinema do ano passado e que será mostrado às 19h de amanhã pela Caixa Cultural. O mais antigo, é “Rapado”, de 1992, que abre o programa de domingo, ás 14h30. Outros trazidos da década inicial da mostra são “Viva os Crotos!” (1995) e “Pizza, cerveja e baseado” (1998), ambos no sábado.

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Mundo Grua (1999), de Pablo Trapero, será exibido hoje, às 17h (Foto: Reprodução)

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SERVIÇO

O CINEMA ARGENTINO CONTA SUAS HISTÓRIAS MÍNIMAS

Caixa Cultural. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro (ao lado da estação de metrô Carioca). Tel.: 3980-3815. Até 23 de dezembro. Entrada: RR$ 6 (inteira) / R$ 3 (meia). Capacidade: 80 espectadores (mais três cadeirantes). Programação completa em http://www.caixacultural.com.br.

Reprodução - Ana e os Outros (2006) é um destaque de amanhã
Reprodução - Alanis (2017), de Anahí Berneri: amanhã, às 19h
Reprodução - Mundo Grua (1999), de Pablo Trapero, será exibido hoje, às 17h