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Aquaman: Maré cheia para o Senhor dos Mares

Divulgação -
Jason Momoa brilha na superprodução de James Wan
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Objeto de chacota oceano afora, por sua versão animada, feita para o canal CBS de 1967 a 70, no qual singrava os mares montado num cavalo marinho e falava com os peixes, Aquaman deu a volta por cima: neste fim de ano, seu nome rola pela boca de todos as redes de multiplex do planeta, como esperança para desafogar as más bilheterias deste ano. Sobretudo no Brasil, há uma espera pelo êxito comercial da superprodução de US$ 160 milhões - rodada em locações na Austrália, no Canadá e no Marrocos - que pode, definitivamente, converter o galã havaiano Joseph Jason Namakaeha Momoa em um astro, dado o boca a boca positivo em tornos de sua primeira aventura solo nas telonas.

Macaque in the trees
Jason Momoa brilha na superprodução de James Wan (Foto: Divulgação)

Ele deu contornos mais abusados para o justiceiro marinho que foi criado em 1941, por Paul Norris e Mort Weisinger, na edição número 73 do gibi “More Fun Comics”. Aprovado pelo público em sua aparição em 2017, em “Liga da Justiça”, Momoa regressa aos mares numa aventura frenética, de ação ininterrupta, com a grife de prestígio de James Wan na direção: o cineasta australiano de origem sino-malaia foi revelado em “Jogos mortais” (2004) e sedimentou sua reputação como sinônimo de sucesso à frente da franquia “Invocação do Mal” (2003-2006). Estima-se que o realizador possa ser responsável por um faturamento bilionário, o maior da DC: no dia 7, o longa estreou na China e, só lá, arrecadou US$ 94 milhões, apenas no fim de semana.

Fora do habitat do horror, Wan transformou o que deveria ser “mais um filme de super-herói” em uma fábula à la “Excalibur” (cult de John Boorman de 1981). Supervisionada pelo quadrinista Geoff Johns (que repaginou o Lanterna Verde e o Gavião Negro nas HQs), a trama rodada por Wan narra a luta de Aquaman (Momoa) contra seu cruel meio-irmão Orm, o Senhor dos Mares (vivido por Patrick Wilson), para salva o reino de Atlântida e impedir uma guerra do povo das águas com a Terra. Orm contrata o pirata Manta Negra (Yahya Abdul-Mateen II), que tem contas pessoais a acertar com o vigilante, para caçá-lo. Isso rende sequências de perseguições e de batalhas no molde de “Game of Thrones”, tendo ainda no elenco Nicole Kidman (como Rainha Atlata, mãe do protagonista), Willem Dafoe (como o estrategista Vulko), Dolph Lundgren (na pele do rei Nereus) e Amber Heard (de cabelos rubros, no papel da princesa Mera).

A fim de ambientar os fãs do herói ao filme, a Panini Comics acaba de lançar no Brasil a HQ “Renascimento”, de Dan Abnet e Stjepan Sejic, para reciclar o perfil do personagem.

*Roteirista e crítico de cinema