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Caderno B: confira dicas de discos

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Minha boca não tem nome
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Minha boca não tem nome

Macaque in the trees
Minha boca não tem nome (Foto: Divulgação)

Sexto trabalho solo do camaleônico cantor e compositor pernambucano João Fênix. Seu timbre natural de contratenor pode chegar a mezzo soprano nos registros femininos - versatilidade que lhe dá base vocal para transitar por vários estilos, desejo expresso na faixa título que carrega os versos “Minha boca não tem nome / Nem tem nome minha sede” logo em sua abertura. Mais preocupado em cantar do que compor, Fênix montou ao lado do produtor Guilherme Kastrup um repertório com inéditas de Moreno Veloso, Pedro Luís, César Lacerda, Álvaro e Ivor Lancelotti, além de um lado B de Caetano Veloso (“Falou amizade”), de 2008; uma versão para os angustiados versos da bela “Roda morta” do ‘maldito’ Sérgio Sampaio (parceria com Sérgio Natureza); e uma bela interpretação para “Desterro”, canção de 1972 do ícone brega Reginal Rossi.

Sentido

Macaque in the trees
Sentido (Foto: Divulgação)

Segundo CD do talentoso bandolinista gaúcho Luis Barcelos, que já gravou e tocou ao vivo com o amigo Yamandu Costa, Roberta Sá, Elza Soares, Chico Buarque, Wilson das Neves, Monarco e Beth Carvalho, entre outros. Em “Sentido”, o artista mostra seu lado de compositor e arranjador - assina oito das nove faixas do CD, com exceção de “Passos e assovio” (Guinga / Paulo César Pinheiro). Barcelos lidera um quinteto com Aline Gonçalves (flautas e clarinete), Gauber Seixas (violão), Marcelo Muller (baixo) e Marcus Thadeu (bateria e percussão). No bandolim de dez cordas, o músico desfila sua técnica por gêneros familiares ao instrumento, como o choro e o fado, e por outros ritmos como samba, toada e bolero. Participações especiais de Guinga, Luisa Lacerda (voz), Marcelo Caldi (acordeon), Rui Alvim (clarinete), Aquiles Moraes (flugelhorn) Eduardo Neves (sax tenor e arranjo de sopros em “Uma semente”).

O cinema que o sol não apaga

Macaque in the trees
O cinema que o sol não apaga (Foto: Divulgação)

O provocador e irriquieto cantor e compositor Tiago Amud volta com o primeiro trabalho solo desde “De ponta a ponta tudo é praia-palma” (2013) – há dois anos gravou “Todo mundo é bom” com o Coletivo Chama. Impregnado de crítica política e social, o álbum reforça o desejo do artista de fugir a qualquer rotulagem. Sua bela poética vem embalada por arranjos ora tradicionais ora vanguardistas de compassos matematicamente quebrados e devolvidos em sequências sonoras instigantes. “Plano de carreira” é um ácido questionamento sobre os artistas que buscam o sucesso a qualquer preço quando Amud canta “Vou lapidar uma ova! / Vou dar uma sova na lira e rimar tudo em ‘ão’”. Gravado durante cinco meses, o álbum reuniu 73 músicos em mais de 300 horas de estúdio. Um trabalho de fôlego e personalidade.

Divulgação - Sentido
Divulgação - O cinema que o sol não apaga
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