ASSINE
search button

Romance de estação: confira crítica de 'Dois outonos e três invernos'

Compartilhar

As comédias românticas, que já renderam sucessos como “Noivo neurótico, noiva nervosa”, hoje não são muito frequentes. Mas o diretor Sébastien Betbeder continua apostando que podemos rir de fracassos ou sucessos amorosos. Em “Dois outonos e três invernos”, Arman, aos 33 anos, decide dar uma sacudida na vida. Ele resolve correr no parque e acaba trombando com Amélie. Arman cai de amores por ela. Numa história paralela, Benjamin, melhor amigo de Arman, sofre um derrame e vai parar no hospital no auge da juventude.

Fugindo das expectativas, o diretor cria uma narrativa em que os personagens contam para o público partes da história, como parênteses da trama dramatizada. Apesar de criar uma intimidade entre quem assiste e os personagens, o filme peca ao desperdiçar alguns momentos-chave que poderiam ser encenados de forma completa. A imagem, em seus múltiplos recursos, é a base do cinema e não se deve abrir mão disso. Por outro lado, Vincent Macaigne se sai bem na missão de fazer de Arman uma figura que Woody Allen eternizou: o romântico à beira da neurose. 

______________________________

DOIS OUTONOS E TRÊS INVERNOS: ** (Regular)

Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom