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Presença brasileira em Animais fantásticos

Divulgação -
Lima, sua sócia Miraphora Mina (centro) e uma integrante da equipe folheiam publicações criadas para o filme
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O segundo filme da franquia “Animais fantásticos: os crimes de Grindelwald” - com Johnny Depp, Eddie Redmayne, Jude Law no elenco -, já está em cartaz no Brasil há mais de duas semanas, mas a expectativa dos fãs no país já está nos próximos volumes da série, que se passa no mundo mágico de Harry Potter. Recentemente, em suas redes sociais, a autora britânica J. K. Rowling, que assina o roteiro dos filmes da franquia, deu a entender que algum dos filmes seguintes deve se passar no Rio de Janeiro. Depois de um longa ambientado em Nova York, o novo tem Paris como cenário.

O que talvez nem todos os fãs saibam é que, desde o primeiro filme da saga Harry Potter, em 2001, estrelada por Daniel Radcliffe, já há um pouco de Brasil na série. O mineiro Eduardo Lima assina o design dos longas da série desde o início, com a sua companhia MinaLima, estabelecida em Londres.

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Lima, sua sócia Miraphora Mina (centro) e uma integrante da equipe folheiam publicações criadas para o filme (Foto: Divulgação)

O trabalho continua com “Animais fantásticos” e ele agora está na torcida por uma produção ambientada no Brasil. “Ainda não está oficialmente confirmado, mas já falei para a minha sócia, a Miraphora Mina, que, se tiver cenas no Brasil, eu que vou fazer tudo”, brinca o designer.

A empresa de Lima é responsável por criar os detalhes dos filmes, como o jornal “O Profeta Diário” e o “Mapa do Maroto”. Além disso, a MinaLima assina também as capas dos livros com os roteiros dos filmes “Animais fantásticos”, que, no país, são publicados pela editora Rocco. Por isso, a editora vai trazer o designer para participar da Comic Con Experience, em São Paulo, dias após o lançamento do livro “Os crimes de Grindelwald”, que acaba de chegar às lojas.

Como o roteiro do novo filme se passa na Paris dos anos 1930, Lima diz ter feito uma mistura de referências de Art Nouveau e Déco para a capa do livro. “Na França, a Art Nouveau ainda estava muito forte. Colocamos detalhes para causar surpresas, as pessoas precisam parar para ver os desenhos”, conta.

Sobre o trabalho no longa-metragem, dirigido por David Yates, o designer diz sentir uma forte diferença da saga original. “Nos filmes de Harry Potter, nós tínhamos os livros como apoio, agora é direto da cabeça da Jo (a autora J. K. Rowling) para o longa. No roteiro, não tem tantas informações dos objetos”, explica o mineiro, que relata que, no entanto, mantém um canal direto com a escritora britânica, para tirar dúvidas. “Fazemos duas listas, uma com objetos que os atores precisam ter em mãos e outra com gráficos, pôsteres, placas de carro, coisas assim”, explica.

O designer admite que, desde os filmes Harry Potter, faz algumas brincadeiras, como colocar o nome da sua cidade natal, Caxambu, no fictício jornal O “Profeta Diário”. “Quando precisamos fazer um jornal, só recebemos a manchete principal, o resto precisamos preencher”, esclarece Lima.