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Das chanchadas à retomada

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Personificação do malandro carioca na telona e na telinha, Hugo Carvana sempre teve a irreverência como marca de seus trabalhos. Isto é contado em “Carvana” (2018), de Lulu Corrêa, diretora do cult “Como se morre no cinema” (2002).

Realizador da comédia “Vai trabalhar, vagabundo” (1973), exibida na Quinzena dos Realizadores de Cannes em 1974, Hugo Carvana começou nas chanchadas e participou de diversos períodos do cinema brasileiro. Testemunhando o surgimento do Cinema Novo, o fim da Embrafilme, em 1990, e a retomada da produção nacional, entre 1995 e 2010, quando emplacou “Casa da Mãe Joana” (2008).

Homenageando o ator e diretor que morreu em 2014, o longa chama a atenção pela montagem de Rita Carvana, filha de Hugo. Ela costura imagens de arquivo e produções com depoimentos do pai e pessoas com quem ele trabalhou. Apresentando o homem por trás da figura pública, “Carvana” também aborda o posicionamento político de Hugo e de sua companheira, Martha, que foram exilados no período da ditadura militar.

Ana Carolina Garcia/ Especial para o JB

* Membro da ACCRJ