ASSINE
search button

Léo Gandelman e Orquestra Cesgranrio homenageiam Edino Krieger e Villa-Lobos

Marcelo Alves/Divulgação -
Léo Gandelman e Orquestra Cesgranrio
Compartilhar

Com Leo Gandelman como solista, a Orquestra Cesgranrio abre neste sábado (10), no Teatro Nelson Rodrigues, o 56º Festival Villa-Lobos, que segue com sua programação até o domingo seguinte, dia 18, promovido pelo Museu Villa-Lobos, com produção da Sarau Agência de Cultura Brasileira.

Dentro da série “Brasil Sinfônico”, o repertório do concerto de abertura inclui obras do próprio Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e de Edino Krieger, que completou 90 anos em 17 de março deste ano.

Aluno de influentes musicistas do Século XX, como o americano Aaron Copland (1900-1990) e o alemão radicado no Brasil Hans-Joachim Koellreuter (1915-2005), quatro vezes titulado doutor honoris causa, diretor artístico e maestro fundador da OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira), Edino Krieger é lembrado hoje por uma versão alternativa de sua “Brasiliana” originalmente composta para viola e orquestra de cordas.

Macaque in the trees
Léo Gandelman e Orquestra Cesgranrio (Foto: Marcelo Alves/Divulgação)

Com seu aval, a composição foi transcrita para sax e orquestra por Paulo Moura (1932-2010), com a concepção que Léo Gandelman apresenta pela primeira vez ao vivo, embora já a conhecesse. “É uma grande honra tocar na abertura do festival Villa-Lobos e o repertório que vamos apresentar. Edino é um dos grandes compositores da nossa música e poder tocar para ele é um antigo sonho. Edino já havia me enviado as partituras há anos e somente agora surge a oportunidade”, afirma o saxofonista, que lembra sua formação erudita, que coincide com a história do maestro homenageado, por meio da Orquestra Sinfônica Brasileira.

“Sou filho de uma professora de música e de um maestro [Salomea e Henrique Gandelman]

Fui educado na escola de música erudita. Aos 15 anos fui solista [como flautista] da OSB por ocasião do programa Concertos para a Juventude, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky. Mais tarde , aos 19 anos, comecei a tocar sax e enveredar pela música popular e fui estudar na Berklee music school em Boston. Voltando ao Brasil em 1979 comecei minha vida profissional, tocando na noite e em estúdios de gravação”, lembra.

“A peça do Edino é o maior desafio pois é praticamente inédita e as divisões, unidas à exploração de toda extensão do instrumento, a transformam a peça em um verdadeiro desafio para o sax – e para a orquestra também”, ressalta Léo Gandelman.

Não faltará homenagem ao maestro que dá nome ao festival. A formação de orquestra e sax lembra Heitor Villa-Lobos através da versão do saxofonista para as quatro canções de sua “Floresta do Amazonas”, que ele já apresentou como solista, com a Orquestra Sinfônica de Moscou. “Quando toquei elas com a Sinfônica de Moscou, ficaram todos surpresos com a grandiosidade da obra. O maestro comentou que não conhecia ... respondi ‘bem vindos a Villa-Lobos, bem vindos à maior floresta do mundo’”, conta Léo Gandelman, que se apresentou com a orquestra russa em 2015.

A condução da Orquestra Cesgranrio fica a cargo do maestro Eder Paolozzi.

A programação completa, que ainda incluirá homenagens ao pianista e compositor João Donato, pode ser vista pelo site http://festivalvillalobos.com.br.

------

SERVIÇO

ORQUESTRA CESGRANRIO E LÉO GANDELMAN

TEATRO NELSON RODRIGUES. Av. República do Chile, 230, Centro. Tel.: 3980-3815. Sábado (10), das 19h às 20h30. Ingressos a R$ 10.