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A fé transformadora: confira a crítica de 'A prece'

Divulgação -
Anthony Bajon tem atuação espetacular em "A prece"
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O diretor Cédric Kahn não tinha provavelmente nenhuma intenção de fazer de seu longa “A prece” um filme de pregação religiosa, mas com certeza suas intenções serão distorcidas por aí, como já lemos erroneamente. O emocionante relato do jovem Thomas, que chega a um retiro para jovens drogados em reabilitação encriptado em uma colina mantido pela igreja católica, é o ponto de partida não para uma investigação sobre a fé religiosa, mas sobre uma fé muito particular que poucos alcançam, principalmente em momentos difíceis: a fé em si.

O filme segue aquele périplo comum de produções sobre adictos em recuperação: chegada, abstinência, calmaria, revolta, fuga, retorno... e por aí. De real não tem novidade, mas a sensibilidade da condução de Kahn leva o filme para um lugar de conforto e emoção, através da empatia que estabelecemos pela verdade que o filme entrega.

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Anthony Bajon tem atuação espetacular em "A prece" (Foto: Divulgação)

O filme tem um trunfo chamado Anthony Bajon. Não à toa vencedor de um merecido Urso de Prata de melhor ator em Berlim, o jovem explode em talento a cada cena, indo da fúria a um aparente controle, cujos olhos não escondem um mergulho profundo no poço, e que não escapa; o final que dá uma rasteira na expectativa do espectador é a cereja de um bolo repleto de humanidade.

* Membro da ACCRJ

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A PRECE: *** (Bom)

Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom