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Clássico floydiano em releitura sinfônica

Karabtchevsky apresenta Dark side of the moon orquestral

Divulgação -
Batutas formam o prisma da capa do lendário álbum de 1973
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Um dos marcos estéticos da história do rock, o álbum “Dark side of the moon”, lançado há 45 anos pelo Pink Floyd, até hoje ocupa o terceiro lugar na lista dos mais vendidos da história, com mais de 45 milhões de cópias, e já recebeu vários tipos de releituras em outros estilos. Sob a regência de Isaac Karabtchevsky, a Orquestra Petrobras Sinfônica apresentará amanhã e no próximo dia 15 o trabalho na íntegra. A transposição de clássicos como “Money”, “Us & Them” e “Eclipse” para a música de concerto faz parte da proposta da OPS de ampliar seu repertório e, assim, formar novos públicos. E funciona. Tanto que os ingressos já estão esgotados para as duas audições.

No entendimento do maestro, a banda surgida em Londres, em 1965, dialoga com a música concreta. “Após a Segunda Guerra, há um momento de desolação da sociedade. Os compositores eruditos passaram a usar os ruídos da natureza, do meio urbano, as manifestações de rua… Tudo isso foi incorporado à música, numa nova conotação estética. E a obra do Pink Floyd encontra similaridades com esse movimento”, afirma Karabtchevsky, que vai reger 60 músicos e um pequeno coral.

Macaque in the trees
Batutas formam o prisma da capa do lendário álbum de 1973 (Foto: Divulgação)

Os arranjador Ricardo Maia teve a preocupação de apresentar a parte instrumental das dez canções do álbum sem abrir mão da musicalidade dos vocais principais da obra. No caso, as vozes de Roger Waters e David Gilmour – vocalistas e principais compositores da banda – são substituídos ora por instrumentos de sopro como o sax alto e o clarinete ora por um violino. “Tudo que foi idealizado na gravação original do álbum, exceto os vocais principais, nascem com a vocação sinfônica”, observa o regente, que já apresentou trabalhos semelhantes com a música de Michael Jackson e do ex-Titãs Nando Reis. Esse formato de apresentação já reuniu mais de 20 mil pessoas nos últimos dois anos.

Apesar de suas letras densas, filosóficas e das experimentações musicais, o Pink Floyd conseguiu a proeza de ser uma banda bem-sucedida em termos de vendas. O auge criativo de “Dark side of the moon”, que estabelece um interessante flerte com notas jazzísticas, foi o primeiro trabalho do quarteto britânico a entrar para a lista dos mais vendidos, ficando nas paradas americanas por 741 semanas e assegurando lugar entre os 200 álbuns definitivos do Rock and Roll Hall of Fame, (A.N.)

Macaque in the trees
Karabtchevsky vê sinergia entre Pink Floyd e a música concreta (Foto: Divulgação)

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O setlist

Speak to me (Nick Mason)

Breathe (David Gilmour / Richard Wright / Roger Waters)

On the run (David Gilmour / Roger Waters)

Time (David Gilmour / Nick Mason / Richard Wright / Roger Waters)

The great gig in the sky (Clare Torry / Richard Wright)

Money (Roger Waters)

Us &Them (Richard Wright / Roger Waters)

Any colour you like (David Gilmour / Nick Mason / Richard Wright)

Brain damage (Roger Waters)

Eclipse (Roger Waters)

Divulgação - Karabtchevsky vê sinergia entre Pink Floyd e a música concreta