Primeira deputada transexual da América Latina, Tamara Adrián tem sua trajetória contada no novo longa da diretora Elia K. Schneider. Protagonizado por Luis Fernández, “Tamara” (2016) apresenta ao público algumas dificuldades enfrentadas por ela, sobretudo a partir do momento em que decide fazer a cirurgia de redesignação sexual na Tailândia, sofrendo na pele o preconceito e tornando-se motivo de chacota em seu local de trabalho.
Apesar da complexidade do tema, o filme opta por um roteiro preguiçoso que não aprofunda o drama da protagonista, priorizando suas transformações físicas em detrimento do seu psicológico. Isto se agrava devido à interpretação fria e inconvincente de Fernández, que influencia diretamente o resultado final deste longa.
E ao se preocupar mais em mostrar o ator desnudo, “Tamara” perde a oportunidade de retratar com propriedade a luta da deputada venezuelana que hoje faz oposição ao governo de Nicolás Maduro e é uma das principais ativistas em defesa dos direitos LGBT no mundo.
* Membro da ACCRJ
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TAMARA: * (Ruim)
Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom