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Contra a Sérvia, ninguém jogou mais do que Casemiro

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moscou - Paulinho e Thiago Silva fizeram os gols, Neymar teve sua melhor atuação na Copa até agora e Philippe Coutinho continua a jogar bem. Mas contra a Sérvia, ninguém jogou mais do que Casemiro. Com uma atuação impecável, o volante foi o ponto de equilíbrio da equipe e recebeu elogios de todas as partes. Receber elogios, aliás, tem sido uma constante na vida do jogador nos últimos três anos, desde que o ex-supercraque Zinedine Zidane o alçou à condição de titular absoluto do Real Madrid.

Aos 26 anos, o ex-jogador do São Paulo é admirado por treinadores do mundo inteiro. Entre eles o basco Julen Lopetegui, que foi seu técnico do Porto e o comandará a partir de agosto no Real.  “Ser um jogador imprescindível no Real Madrid e na seleção brasileira é algo que não se consegue do dia para a noite”, disse recentemente Lopetegui, em entrevista para o site UOL, em Bilbao.

É quase uma unanimidade  que o Real se tornou uma equipe mais poderosa depois que Zidane o efetivou como titular, em 2016. Com sua entrada, os craques da equipe cresceram de produção e o clube sagrou-se tricampeão europeu, conquistou dois mundiais de clubes e um título nacional.  “A entrada de Casemiro mudou a cara da equipe. O Real Madrid ficou mais forte, mais perigoso”. O elogio desta vez é do argentino Diego Simeone, técnico do rival Atlético de Madrid.

Assim como Lopetegui, Zidane e Simeone, Tite também é fá do seu volante. Bastaram duas partidas para o treinador da seleção perceber que Casemiro seria fundamental para o esquema que pretendia implantar na equipe. Depois da vitória de 2 a 1 sobre a Colômbia, em São Paulo, em 2016, Tite cobriu o jogador de elogios. Não por acaso, Casemiro raramente é substituído. Contra a Sérvia, mesmo pendurado com um cartão amarelo, ficou em campo.

 Mas não tem elogio ou título que faça o volante ser mais expansivo. Fala pouco. Quarta-feira, passou pela zona mista como se não tivesse sido um dos melhores em campo, como quem sequer tivesse entrado em campo.

Em uma de suas raras entrevistas, Casemiro disse, em 2017, que não se preocupa em aparecer. Adora exercer sua função em campo. Sabe que é importante, mesmo não sendo uma das estrelas da companhia. “Claro que gosto de marcar gols, dar passes, fazer uma boa jogada. Mas o que mais me deixa realizado é roubar uma bola e passá-la com precisão para um companheiro. Me sinto feliz e realizado fazendo esse trabalho. Meu gol é roubar uma bola”, disse. É o tipo de gol que todo treinador adora. Se fizer mais desses até o fim da Copa, terá seu talento e sua importância reconhecidos também pelo torcedor brasileiro. Os merengues já descobriram isso há três temporadas. 

Lesão de Marcelo: Lateral deve enfrentar o México

O departamento médico da seleção informou, ontem, que o lateral Marcelo recupera-se bem com o tratamento a que foi submetido para recuperar-se da lombalgia que o tirou de campo aos 6 minutos da vitória sobre a Sérvia. O jogador, cuja contusão teria sido provocada pela troca de colchão no hotel de Moscou, está sendo submetido a sessões de fisioterapia e não deve desfalcar a equipe contra o México pelas oitavas de final. 

As lesões de Marcelo e de Douglas Costa reacendem um debate recorrente a cada Mundial: a realização da competição imediatamente após o encerramento da temporada europeia – onde atua a maioria dos atletas das seleções – faz com que muitos jogadores iniciem a Copa longe das condições físicas ideais. 

Preparador físico da seleção nas Copas de 1994, 2002 e 2014, Paulo Paixão acrescenta um outro ingrediente ao debate. “É muito normal o jogador de alta performance, que atua no futebol europeu, chegar a uma Copa com a musculatura comprometida, mas é preciso considerar o aspecto psicológico, também. E cada jogador lida com isso de uma maneira distinta”, explica. “Tanto esse aspecto é importante, que Tite tratou de trabalhar esse lado ao liberar o acesso das famílias à concentração”, acrescenta.  

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