SÃO PETERSBURGO - Uma trégua momentânea foi o caminho encontrado pela Argentina para buscar uma vaga nas oitavas de final. A classificação parecia improvável depois da goleada sofrida para a Croácia, mas a Nigéria renovou as esperanças dos “hermanos” ao vencer a Islândia por 2 a 0. Em mata-mata antecipado, às 15h, os nigerianos agora querem eliminar os argentinos, e podem avançar até com um empate, desde que a Islândia não vença a Croácia por mais de dois gols de diferença.
Uma cena no treino de ontem deu pistas de uma possível reconciliação entre as partes. Mascherano, um dos líderes do elenco que estaria insatisfeito com Sampaoli, conversou com o técnico e sugeriu mudanças na equipe – devem ser atendidas. Entre elas, os retornos de Rojo e Di María, além da entrada de Higuaín. O volante publicou uma foto do momento com o técnico e escreveu uma legenda de motivação, direcionada ao povo argentino. Sampaoli, por sua vez, prometeu uma grande evolução para conseguir a vitória salvadora. O treinador também criticou as mensagens de ódio endereçadas a ele na internet. “Estou convencido de que a partir de amanhã muda a história para esta seleção
Tenho muitas razões para acreditar nisso. Perder uma partida de futebol te faz um perdedor, e no mundo virtual te faz descartável e inútil. Se fosse me inteirar disso, deixaria a profissão. Tenho certeza de que jogaremos melhor”, desabafou. Decepcionante nas duas primeiras rodadas, Messi aumentou a pressão sobre seu desempenho. O técnico da Nigéria, Gernot Rohr, se confessou fã do craque, mas deixou claro que a idolatria ficará do lado de fora. “Adoramos o Messi.
Eu adoro. Mas queremos nos classificar, não estamos aqui para vê-lo jogar. No futebol não existe piedade, e nós não vamos dar nada de presente ao Messi”, declarou Rohr.
Nigéria: Uzoho, Balogun, Troost-Ekong e Omeruo; Moses, Ndidi, Mikel, Etebo e Idowu; Musa e Iheanacho.
Argentina: Armani, Mercado, Otamendi, Rojo e Tagliafi co; Mascherano, Enzo Pérez e Banega; Messi, Higuaín e Di María. Juiz: Cüneyt Çakir (Turquia).