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A telinha ficou grande

Divulgação -
Julia Roberts em "Homecoming"
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Houve um tempo em que, para grandes artistas de cinema ou teatro, trabalhar na televisão era algo demeritório. Algum medalhão de teatro fazer cinema (tipo Sir Laurence Olivier), vá lá. Mas alguém desse quilate aparecer na TV era sinal de fim de carreira.

Contudo, nos últimos anos, cada vez mais, grandes nomes da tela grande estão fazendo a transição (ou voltando), numa boa. E agora também para os serviços de streaming. Muitos já tinham aberto exceções para canais de TV Premium, como HBO, que fazem séries e filmes especiais de primeira linha. Mas parava por aí. TV aberta, não. Agora com plataformas como Netflix, Hulu e Amazon Prime ditando novos caminhos, este quadro está se alterando.

Um dos melhores exemplos recentes é “Homecoming’, série original do Amazon Prime, estrelada por Julia Roberts (que não vem dando sorte no cinema, ultimamente), em sua primeira incursão fora das telonas. Além de ser a protagonista, Roberts é também a principal produtora executiva. Ou seja, apostou alto.

“Homecoming” é criação de Sam Esmail, o mesmo da cultuada “Mr. Robot”. Guarda algumas semelhanças com esta, no jeito como se desenrola (cortes de tempo, grandes planos). A trama envolve Heidi Bergman (Roberts), que avalia soldados que voltaram da guerra, num projeto que visa curar os traumas.

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Julia Roberts em "Homecoming" (Foto: Divulgação)

Mas não é bem assim. Cabe ao espectador acompanhar tudo em dois tempos (2018/2022), ao longo de dez episódios de meia hora, para descobrir o que realmente acontece. Um clima de paranoia perpassa os episódios, o tempo todo. E a trilha (composta por trechos de outras, de grandes filmes, como “Vertigo”, de Hitchcock, e “Vestida para matar”, de De Palma) pontuam os momentos de suspense.

Outro nome do cinema, Michael Douglas, divide o foco com Alan Arkin, na comédia “O método Kominsky”, da Netflix. Nesta, Douglas – que despontou na série de TV “San Francisco: urgente”, nos anos 70 -- faz um professor de atuação (o Kominsky do título) que divide seu tempo entre as aulas, um novo amor e o melhor amigo (Arkin), que acabou de perder a esposa. Assuntos como a velhice/morte e como as experiências ruins ajudam na criação do ator dão a tônica. O roteiro e produção é de Chuck Lorre, criador de sitcoms de sucesso como “Two and a half man” e “The big bang theory”, aqui, escrevendo para um público mais adulto, e com piadas e situações mais elaboradas.

Já Sandra Bullock, outra atriz famosa que anda sem sorte na telona, estrela “Bird box”, um filme Netflix (em cartaz nos cinemas americanos), que entra hoje no serviço de streaming, mundialmente. A atriz veio ao Brasil, para divulgá-lo na CCXP, em São Paulo.

Ela faz uma mãe em fuga, com duas crianças, por conta de surto misterioso que está atingindo todo o planeta: as pessoas estão simplesmente se suicidando, sem explicação. A jornada é feita com todos de olhos vendados, para evitar algo que, só vendo, para saber.

Rugidos

Netflix está produzindo uma prequel do filme de fantasia “O cristal encantado” (1982), de Jim Henson. Ele se chamará “The Dark Cristal: Age of resistance”, previsto para 2019, sem data

A dupla da série de ação “Alias”, J.J. Abrams (criador) e Jennifer Garner (estrela), estarão juntos, de novo, numa produção que está sendo desenvolvida por Abrams para AppleTV, chamada “My glory was I had such friends”.

Steven Spielberg, está desenvolvendo uma minissérie em dez capítulos para TV, baseada no filme “Rashomon”, de Akira Kurosawa.

A inglesa, de mãe brasileira, Kaya Scodelario, estrela da cinessérie “Maze runner”, fará o papel principal do drama “Spinning out”, da Netflix, baseado na patinadora Kat Baker.